Solto após ejacular em mulher dentro de ônibus, homem é preso novamente pelo mesmo crime
Redação DM
Publicado em 2 de setembro de 2017 às 17:20 | Atualizado há 8 anos
Foto:Reprodução/Twitter
O ajudante geral Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, que foi preso na última terça-feira, 29, por ejacular em uma jovem dentro de um ônibus do transporte coletivo em São Paulo, voltou a atacar e acabou preso novamente na manhã deste sábado, 2, pelo mesmo crime.
Como na primeira vez, o homem foi impedido de sair do ônibus por populares e foi levado ao 78º Distrito Policial da cidade, junto com testemunhas que relataram o caso por volta das 10h de hoje.
O primeiro crime aconteceu na terça-feira passada próximo ao cruzamento com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima. Segundo a Polícia Militar (PM), Diego teria se masturbado e ejaculado sobre uma mulher. Com os gritos dela, o motorista fechou as portas do veículo para evitar que ele fugisse.
A corporação informou que agora, o homem tem 17 passagens pela polícia por ter praticado diversos crimes semelhantes, entre assédios e estupro consumado. A PM confirmou a prisão de Diego nesta manhã, mas não deu detalhes sobre o caso.
Polêmica
Na semana passada, por determinação judicial, Diego foi solto na quarta-feira, 30, em audiência de custódia, depois que o juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto, defendeu que os elementos do crime não poderiam ser enquadrados como crime de estupro, uma vez que não houve violência física.
Na decisão, Neto pontuou que o delito se tratava de uma importunação ofensiva ao pudor, o que prevê apenas o pagamento de multa.
A determinação causou polêmica e fez com que na sexta-feira, 1º, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) junto ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) defendessem publicamente mudanças na legislação do crime de estupro, após a repercussão negativa sobre a decisão de liberação decretada por Novais.
Para o TJ-SP é preciso discutir sobre punições mais severas em relação ao crime de importunação ofensiva ao pudor. Já o MP-GO defendeu que o ideal seria a criação de um crime intermediário entre a importunação e o estupro.
Em meio à polêmica, o presidente da Corte, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti e a Procuradoria-Geral de Justiça defenderam a conduta do juiz e dos promotores que atuaram no caso, porém, Mascaretti afirmou que a Corte realizará encontros para iniciar o debate com a sociedade civil e instituições públicas “em prol de mudança legislativa que atenta aos desafios do mundo contemporâneo”.