Cotidiano

STF nega habeas corpus para bispo e juiz eclesiástico

Diário da Manhã

Publicado em 7 de abril de 2018 às 02:19 | Atualizado há 7 anos

  • Magistrado Edson Fachin foi escolhido relator do caso

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou os pedidos de habeas corpus feitos pelo bispo dom José Ronaldo e pelo juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, acu­sados de participar de um esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões em dízimos da Diocese de Formo­sa, no Entorno do Distrito Federal. O advogado do bispo, Lucas Rivas, diz que vai entrar com novo pedido.

Os primeiros pedidos no Su­premo foram feitos no último dia 27 de março e enviados para o mi­nistro Dias Toffoli. Entretanto, ele declarou suspeição, por motivos pessoais, para julgar a questão. Por isso, o ministro Edson Fachin foi escolhido o relator.

Além de dom José Ronaldo, ou­tros 10 acusados passaram a ser réus perante a 2ª Vara Criminal do município goiano. Eles responde­rão por delitos como associação criminosa, falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Todos foram investi­gados na Operação Caifás, defla­grada em 19 de março.

Na última quarta-feira (4), a defesa do bispo entrou com novo pedido de habeas corpus no Su­premo, pedindo mais celerida­de na análise. O responsável por essa segunda avaliação, ministro Ricardo Lewandovski, também negou liberdade ao clérigo. Um dos motivos que embasaram o pedido de prisão preventiva foi o fato de que, durante as escutas, os promotores identificaram ris­co de fuga de dom José Ronaldo para a Itália.

IRREGULARIDADES

A defesa dos acusados acredita que eles não cometeram irregula­ridades. Ainda de acordo com os defensores, todos os recursos são fruto do “trabalho árduo” dos re­ligiosos nas 33 igrejas que fazem parte da Diocese de Formosa. Em um ano, elas movimentam entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões.

O bispo, o juiz eclesiástico, qua­tro padres e dois empresários es­tão presos em uma ala isolada no presídio de Formosa desde o dia 19 de março. Investigações do Ministério Público de Goiás (MP­-GO) apontam que o grupo teria comprado uma fazenda, carros e uma casa lotérica com recursos desviados. Houve apreensões em Formosa, Posse e Planaltina.

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