Suspeitos de torturar e colocar fogo em homem ainda vivo são presos em Goiás
Júlio Nasser
Publicado em 4 de outubro de 2016 às 17:21 | Atualizado há 4 mesesDois jovens de 27 e 19 anos foram apresentados nesta terça-feira, 4, pela Polícia Civil, suspeitos de matar um feirante de 23 anos, identificado como Douglas Lima da Silva, no dia 8 de abril deste ano, em Goiânia. Segundo a corporação, a vítima passou por tortura e foi encontrado carbonizado na GO-462. Além da dupla, um terceiro homem que também é suspeito de ter participado do crime, está preso no Mato Grosso do Sul. Ele não teve a identidade divulgada.
Conforme a polícia, o trio foi preso na cidade de Ladário (MS), suspeitos de tráfico de drogas em abril de 2016. Quando a corporação goiana identificou os envolvidos no homicídio do feirante, entraram em contato com a polícia de Mato Grosso do Sul e descobriram que os mesmos já estavam presos por lá. Dois deles foram transferidos para a capital e o terceiro envolvido ainda não veio para Goiânia, pois as investigações ainda não haviam apurado se o mesmo havia participado do crime.
As apurações apontam que o trio vendia drogas e a no dia do crime, a vítima chegou até eles para comprar entorpecentes, mas por já estar alterado, começou a zombar deles, que reagiram com violência. A partir daí, os suspeitos promoveram tortura contra o feirante, com socos, chutes, enforcamento a chegaram a dar uma facada do pescoço dele.
Ainda com vida, Douglas foi colocado dentro de um carro, que pertencia ao suspeito mais velho, e levado para a GO-462, na saída para Nerópolis, onde os criminosos o enrolaram em um lençol e atearam fogo contra ele. A corporação informou que durante o interrogatório, os suspeitos confessaram o crime.
Além disso, ao longo das investigações foi comprovada a presença de sangue humano no carro usado no crime, que ainda estava sendo usado pelo trio. A polícia aguarda um laudo do mapeamento genético do sangue para descobrir se o mesmo pertence a Douglas.
O trio irá responder por homicídio qualificado e caso haja condenação podem pegar até 30 anos de prisão.