TAC não será feito pelo MP para proibir apreensões de veículos do aplicativo Uber

Em reunião ontem no Ministério Público com o promotor Fernando Krebs, os vereadores Djalma Araújo (REDE) e Tatiana Lemos (PC do B) solicitaram juntamente com motoristas do aplicativo Uber um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para evitar novas apreensões de veículos na capital.

No entanto, o promotor disse que não acha que esse seja o caminho correto e não fará o TAC. Krebs afirmou que as apreensões são totalmente ilegais. E ainda disse que com base na ampla pesquisa que realizou os caminhos levam para a não regulamentação dos aplicativos. “Não cabe à Prefeitura nem a Câmara Municipal regulamentar, somente a União tem esse poder e não acredito que fará isso por agora”, explicou Krebs. O promotor ressaltou que o caminho dos aplicativos será a autorregulamentação do mercado.

Djalma Araújo, que propôs projeto de lei que regulamenta os aplicativos na capital, afirmou após a reunião com o promotor que irá na próxima semana realizar uma reunião com vereadores e motoristas do aplicativo para discutirem os dois entendimentos: o dele, de regulamentar, e o do promotor, de deixar como está.

Para Djalma o principal a ser observado é o interesse público e a população. “Nós estamos lutando para que os interesses da população sejam respeitados. A maioria do povo é a favor do Uber. Por isso, nossa busca para regulamentar e assegurar a livre concorrência e o direito de ir e vir”, explica.

Ameaças

Durante a reunião, os motoristas do aplicativo Uber reclamaram das crescentes ameaças que têm sofrido dos taxistas. Também pediram segurança para trabalharem durante o evento “Villa Mix”, que ocorrerá no final de semana na capital.

O presidente da  Associação dos Profissionais de Transporte Individual Remunerado de Passageiros do Estado de Goiás (Aptigo), Fábio Ferreira Barros, solicitou que a polícia esteja presente para amenizar os conflitos entre os dois modelos de transporte. “Já vi motoristas que tiveram o carro chutado, amassado e alguns já foram ameaçados de morte por taxistas”, diz.