Cotidiano

Tomba uma guerreira

Diário da Manhã

Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 02:08 | Atualizado há 4 meses

Marisa Letícia nasceu na zona rural de São Bernardo do Campo em uma família de imigrantes italianos. Aos cinco anos de idade, mudou-se para o centro da cidade, localizada na região do Grande ABC, em São Paulo. Aos treze, já trabalhava em uma fábrica como embaladora de chocolates, permanecendo até os dezenove, quando casou com o taxista Marcos Cláudio e deu à luz seu primeiro filho, Marcos. Poucos meses após o casamento, ainda grávida, ela perdeu o marido, assassinado a tiros.

Em 1973, trabalhava como inspetora de alunos em um colégio estadual. Nesta mesma data, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos. Ambos jovens e viúvos, se casaram sete meses depois. O relacionamento de mais de quarenta anos gerou três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. Ela tem ainda uma enteada, Lurian, filha de Lula e sua ex-namorada Miriam Cordeiro. Em 1980, quando o ex-presidente estava preso por causa das greves, Marisa liderou a Passeata das Mulheres, em protesto pela liberdade dele e de outros sindicalistas.

Centenas de mulheres e de crianças, todas cercadas por policiais, tanques e cavalaria, saíram da Praça da Matriz e caminharam pela rua Marechal Deodoro até o Paço Municipal. Como companheira de Lula, ingressou na vida política e acompanhou sua trajetória como presidente do Sindicato. Foi Marisa quem cortou e costurou a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores, fundado em 1980, e ajudou a estampar camisetas da sigla.

Esteve ao lado do petista nas campanhas eleitorais de 1982, 1986, 1994, 1998 e em 2002, quando foi conduzido à presidência da República. Em 1º de janeiro de 2003, Marisa Letícia tornou-se primeira-dama do Brasil. Com um perfil discreto e reservado, até tentou se manter longe dos holofotes, mas durante oito anos precisou lidar com duras críticas da oposição, sendo muitas vezes ridicularizada pela origem humilde.

Em 2016, virou alvo da Operação Lava Jato, que, segundo a defesa de Lula e Marisa, tinha como objetivo incriminar o casal. A reforma de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e a armazenagem de bens do ex-presidente foram colocadas como foco da denúncia contra os dois. No dia 12 de agosto de 2016 a Polícia Federal entregou à Justiça relatório final sobre a investigação em que  foram indiciados a publicitária Nelci Warken (que admitiu ser a verdadeira dona de um tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá) e funcionários da Mossack Fonseca no Brasil. Dona Marisa e Lula não foram indiciados. Mas a grande imprensa, que por dois anos massacrou o casal com a falsa acusação não fez manchente sobre o relatório da PF que inocenta a ex-primeira dama e o seu esposo.

Em março do mesmo ano, ela teve conversas telefônicas com o filho, Fábio Luís, divulgadas à imprensa. Ao aceitar a denúncia contra a ex-primeira-dama, o juiz federal Sérgio Moro lamentou o fato, pois disse haver, à época, “dúvidas relevantes” sobre o envolvimento de Marisa, prometendo em seu despacho “melhor reflexão no decorrer do processo”, o que não impediu que ela fosse vítima de escrachos e linchamentos morais.

 


Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

 

Hildegard Angel

Foram oito anos de bombardeio intenso, tiroteio de deboches, ofensas de todo jeito, ridicularia, referências mordazes, críticas cruéis, calúnias até. E sem o conforto das contrapartidas. Jamais foi chamada de “a Cara” por ninguém, nem teve a imprensa internacional a lhe tecer elogios, muito menos admiradores políticos e partidários fizeram sua defesa. À “companheira” número 1 da República, muito osso, afagos poucos. Ah, dirão os de sempre, e as mordomias? As facilidades? O vidão? E eu rebaterei: E o fim da privacidade? A imprensa sempre de olho, botando lente de aumento pra encontrar defeito? E as hostilidades públicas? E as desfeitas? E a maneira desrespeitosa com que foi constantemente tratada, sem a menor cerimônia, por grande parte da mídia? Arremedando-a, desfeiteando-a, diminuindo-a? E as frequentes provas de desconfiança, daqui e dali? E – pior de tudo – os boatos infundados e maldosos, com o fim exclusivo e único de desagregar o casal, a família? Ah, meus queridos, Marisa Letícia Lula da Silva precisou ter coragem e estômago para suportar esses oito anos de maledicências e ataques. E ela teve.

Começaram criticando-a por estar sempre ao lado do marido nas solenidades. Como se acompanhar o parceiro não fosse o papel tradicional da mulher mãe de família em nossa sociedade. Depois, implicaram com o silêncio dela, a “mudez”, a maneira quieta de ser. Na verdade, uma prova mais do que evidente de sua sabedoria. Falar o quê, quando, todos sabem, primeira-dama não é cargo, não é emprego, não é profissão? Ah, mas tudo que “eles” queriam era ver dona Marisa Letícia se atrapalhar com as palavras para, mais uma vez, com aquela crueldade venenosa que lhes é peculiar, compará-la à antecessora, Ruth Cardoso, com seu colar poderoso de doutorados e mestrados. Agora, me digam, quantas mulheres neste grande e pujante país podem se vangloriar de ter um doutorado? Assim como, por outro lado, não são tantas as mulheres no Brasil que conseguem manter em harmonia uma família discreta e reservada, como tem Marisa Letícia. E não são também em grande número aquelas que contam, durante e depois de tantos anos de casamento, com o respeito implícito e explícito do marido, as boas ausências sempre feitas por Luís Inácio Lula da Silva a ela, o carinho frequentemente manifestado por ele. E isso não é um mérito? Não é um exemplo bom?

Passemos agora às desfeitas ao que, no entanto, eu considero o mérito mais relevante de nossa ex-primeira-dama: a brasilidade. Foi um apedrejamento sem trégua, quando Marisa Letícia, ao lado do marido presidente, decidiu abrir a Granja do Torto para as festas juninas. A mais singela de nossas festas populares, aquela com Brasil nas veias, celebrando os santos de nossas preferências, nossa culinária, os jogos e as brincadeiras. Prestigiando o povo brasileiro no que tem de melhor: a simplicidade sábia dos Jecas Tatus, a convivência fraterna, o riso solto, a ingenuidade bonita da vida rural. Fizeram chacota por Lula colar bandeirinhas com dona Marisa, como se a cumplicidade do casal lhes causasse desconforto. Imprensa colonizada e tola, metida a chique. Fazem lembrar “emergentes” metidos a sebo que jamais poderiam entender a beleza de um pau de sebo “arrodeado” de fitinhas coloridas. Jornalistas mais criteriosos saberiam que a devoção de Marisa pelo Santo Antônio, levado pelo presidente em estandarte nas procissões, não é aprendida, nem inventada. É legitimidade pura. Filha de um Antônio (Antônio João Casa), de família de agricultores italianos imigrantes, lombardos lá de Bérgamo, Marisa até os cinco de idade viveu num sítio com os dez irmãos, onde o avô paterno, Giovanni Casa, devotíssimo, construiu uma capela de Santo Antônio. Até hoje ela existe, está lá pra quem quiser conferir, no bairro que leva o nome da família de Marisa, Bairro dos Casa, onde antes foi o sítio de suas raízes, na periferia de São Bernardo do Campo. Os Casa, de Marisa Letícia, meus amores, foram tão imigrantes quanto os Matarazzo e outros tantos, que ajudaram a construir o Brasil.

Marisa Letícia soube valorizar o artesanato brasileiro na moda como nenhuma outra primeira-dama. Vejam, nos looks acima, a bolsa é de fuxico e as rendas são tipicamente brasileiras.

Outro traço brasileiro dela, que acho lindo, é o prestígio às cores nacionais, sempre reverenciadas em suas roupas no Dia da Pátria. Obras de costureiros nossos, nomes brasileiros, sem os abstracionismos fashion de quem gosta de copiar a moda estrangeira. Eram os coletes de crochê, os bordados artesanais, as rendas nossas de cada dia. Isso sim é ser chique, o resto é conversa fiada. No poder, ao lado do marido, ela claramente se empenhou em fazer bonito nas viagens, nas visitas oficiais, nas cerimônias protocolares. Qualquer olhar atento percebe que, a partir do momento em que se vestir bem passou a ser uma preocupação, Marisa Letícia evoluiu a cada dia, refinou-se, depurou o gosto, dando um olé geral em sua última aparição como primeira-dama do Brasil, na cerimônia de sábado passado, no Palácio do Planalto, quando, desculpem-me as demais, era seguramente a presença feminina mais elegante. Evoluiu no corte do cabelo, no penteado, na maquiagem e, até, nos tão criticados reparos estéticos, que a fizeram mais jovem e bonita. Atire a primeira pedra a mulher que, em posição de grande visibilidade, não fez uma plástica, não deu uma puxadinha leve, não aplicou uma injeçãozinha básica de botox, mesmo que light, ou não recorreu aos cremes noturnos. Ora essa, façam-me o favor!

O estilo de dona Marisa Letícia evoluiu ao longo do período em que foi primeira-dama. Na montagem acima, bons momentos em que demonstrou sua elegância.

Cobraram de Marisa Letícia um “trabalho social nacional”, um projeto amplo nos moldes do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso. Pura malícia de quem queria vê-la cair na armadilha e se enrascar numa das mais difíceis, delicadas e técnicas esferas de atuação: a área social. Inteligente, Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo. Foi amável e cordial com todos que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país. A dona de casa que cuida do jardim, planta horta, se preocupa com a dieta do maridão e protege a família formou e forma, com Lula, um verdadeiro casal. Daqueles que, infelizmente, cada vez mais escasseiam.

Este é o meu reconhecimento ao papel muito bem desempenhado por Marisa Letícia Lula da Silva nesses oito anos. Tivesse dito tudo isso antes, eu seria chamada de bajuladora. Esperei-a deixar o poder para lhe fazer a Justiça que merece.

 

Hildegard Angel, jornalista, filha da estilista Zuzu Angel, morta pela ditadura militar


Maguito presta solidariedade à família Lula da Silva

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Maguito Vilela e a ex-primeira-dama do município, Flávia Teles, se solidarizam com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e família em razão do falecimento da ex-primeira-dama do País, Marisa Letícia Lula da Silva.

Logo após a manifestação do ex-presidente Lula, pelo Facebook, em que agradeceu as manifestações e comunicou que a família autorizou o início do procedimento de doação dos órgãos de dona Marisa no final da manhã de ontem, 2 de fevereiro, Maguito também utilizou a mesma rede social para manifestar solidariedade à família Lula da Silva.

Maguito tem uma relação de amizade com o ex-presidente desde os tempos em que os dois foram deputados constituintes. Durante o governo Lula, Maguito foi senador e após o término do mandato foi nomeado pelo então presidente como vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. Os dois primeiros anos de mandato à frente da Prefeitura de Aparecida coincidiram com os últimos anos de mandato do presidente Lula, que visitou a cidade no início de 2011. “Graças a essa relação com o presidente Lula, tive a oportunidade de conviver também com a dona Marisa, que sempre nos atendia com presteza e atenção. A família merece o respeito de todos os brasileiros diante desta situação lamentável para qualquer ser humano”, lamentou o ex-prefeito de Aparecida.

Por solicitação de Maguito Vilela, o então presidente autorizou a implantação da Universidade Federal de Goiás e do Instituto Federal de Goiás no município que tinha mais de 500 mil habitantes e nenhuma universidade pública federal. Além do IFG e da UFG, Maguito ressalta que com o apoio do ex-presidente Lula realizou quase R$ 1 bilhão de investimentos em infraestrutura, saúde e educação apenas no primeiro mandato – entre 2009 e 2012.


Bela, recatada, da luta

 

Helvécio Cardoso

 

Não respeitaram a dor dos filhos, a dor do marido agora viúvo. Quando Marisa Letícia agonizava, já na porta do hostipal, tipos escrotos levantavam cartazes contendo frases hostis. Agora que ela morreu, vez-se pelas redes sociais dezenas e dezenas comemorando a morte dela, insultando-lhe a memória, difamando-a e caluniando-a.

Assim são alguns dos que se dizem cristãos. Não têm compaixão. Por motivação política, encheram-se de ódio contra Lula e sua falecida esposa. Um ódio irracional, que só psicóticos podem alimentar. Gente que jamais viu pessoalmente o casal está soltando fogos de alegria em face da desgraça deles. Como alguém pode odiar tanto a quem nunca lhe fez mal algum. Um idiota escreveu um comentário: ela fez mal à Nação. Quem esse cara pensa que é para falar em nome da Nação? Faço parte desta Nação e não autorizo que um patife desse fale em meu nome.

Nunca votei em FHC. Tenho críticas ao governo dele. Reprovo o comportamento político dele. Mas não o odeio, não desejo mal à pessoa dele. Senti-me condoído quando dona Ruth morreu. Do mesmo modo, sinto-me agora profundamente triste. Sofro com a dor do viúvo, dos filhos, dos amigos mais próximos. Acho que só quem já passou pela experiência de perder um ente querido em leito de hospital pode saber o que é isso.

Aos sádicos que se comprazem na abjeção de celebrar a morte de uma pessoa de bem, como foi dona Marisa Letícia, só posso dizer que eles também são dignos de compaixão. Estão espiritualmente mortos e não sabem. Alguém que se rejubila pela dor de quem perde uma esposa, um filho, ou um pai, pode ser tudo, menos cristão. Mas eles se dizem cristãos, frequentam cultos, carregam a Bíblia debaixo do braço. Impiedosos! Oh, raça de víboras!

Marisa Letícia, a mulher de Lula, falecida nesta última quinta-feira, veio à luz em 1950. Filha de Mariano Rocco e Giovanna Boff, filhos de italianos imigrantes, nasceu em um sítio em São Bernardo do Campo e foi criada com seus 10 irmãos. O pai vendia verduras e legumes em São Bernardo. Marisa Letícia começar a trabalhar aos nove anos, como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Aos 13 anos, ela começou a trabalhar como operária Dulcora.

Deixou o emprego aos 19 anos, quando se casou com o caminhoneiro Marcos Cláudio da Silva, que nos finais de semana dirigia o táxi do sogro. Após três meses de casamento e grávida de seu primeiro filho, Marisa ficou viúva. Marcos foi encontrado morto com ferimentos de bala próximo de onde o casal morava em São Bernardo. Tudo indica que foi vítima de latrocínio.

Quando seu primeiro filho, Marcos – em homenagem ao marido falecido – tinha três anos, ela conheceu Lula, também viúvo. Eles se conheceram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e se casaram sete meses após esse encontro. Da relação de mais de 40 anos entre Lula e Marisa Letícia nasceram Fábio, Sandro e Luís Cláudio.

Marisa Letícia era uma mulher discreta, modesta, mas determinada e corajosa. Quando Lula foi preso pela ditadura, junto com outros sindicalistas, ela organizou uma passeata de mulheres contra a prisão dos maridos. Mesmo discreta, participou ativamente de todas as lutas do marido, sendo sua grande incentivadora. Jamais se queixou das adversidades, assumindo os riscos como contingências da luta.

Ela sempre foi uma mulher atraente. Loira, de olhos claros, muito verdes, era chamada carinhosamende por Lula de “Galega”. Nos anos em que foi primeira-dama, chamou atenção por seu comportamento sóbrio, aparecendo ao lado do marido apenas protocolarmente. Nunca se meteu no governo, nunca deu entrevistas, nunca foi capa de Veja. Não era primeira-dama, era a esposa do presidente e sua companheira de lutas políticas. Esse negócio de primeira-dama é uma vulgaridade que o Brasil importou dos Estados Unidos.

No Brasil, mulheres de chefes de governo, com raras exceções, se comportam como se o voto dado ao marido também as elegesse. Como se fossem titulares de um mandato outorgado tão somente pelo jornalismo mundando. Julgam-se com direito a gerir a “área social”, ainda que não tenham qualificação nenhuma. Marisa teve o bom gosto de ficar longe disso.

Depois de terem deixado Brasília, Lula e Marisa, e seus filhos, têm sido muito perseguidos. Levantaram contra eles, sem nenhuma prova, apenas “convicções”, as mais absurdas acusações. O casal teve, recentemente, sua casa varejada pela Polícia Federal. Remexeram tudo, fizeram buscas até debaixo da cama onde o casal dormia, procurando sabe-se lá o quê.

Os rinocerontes que se manifestam pelas redes sociais dizem que Lula é ladrão. Nunca souberam dizer o que ele roubou, onde, quando, como e quanto. Chegou a ser insultado por fazer lobby, no estrangeiro, em favor de empresas brasileiras. Fosse ele ex-presidente dos EUA, seria condecorado como herói da pátria. Mas o Brasil odeia todos aqueles que o fizeram andar para a frente. Odiaram imensamente Irineu Evangelista, o Barão de Mauá, que implantou ferrovias e criou a indústria naval brasileira, e que vendeu as joias da mulher para pagar até o último centavo de dívidas quando quebrou em virtude da política entreguista do Império. Odiaram Getúlio, Juscelino. Odiaram Roberto Simonsen e Eliezer Batista, agora odeiam o filho dele, Eike Batista. Odeiam o almitante Othon, o pai do programa nuclear brasileiro, condenado a prisão perpétua por ter se recusado a fazer abrir segredos de estado. Ódio e regresso é o lema da bandeira dos rinocerontes.

Mas não há de ser nada. Deixa estar que a onda vira. O vento que venta aqui é o mesmo que lá.

 

Helvécio Cardoso, jornalista

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