Cotidiano

Turquia acusa Rússia de propaganda soviética por alegar apoio turco ao EI

Diário da Manhã

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 09:05 | Atualizado há 9 anos

ANCARA – O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, criticou nesta quinta-feira as alegações russas de que a Turquia estava comprando petróleo do Estado Islâmico. Ele qualificou as declarações da Rússia como “propaganda de estilo soviético”, e disse que o país, que faz parte da Otan, está fazendo tudo que pode para proteger sua fronteira com a Síria.

Na quarta-feira de que o presidente turco, Tayyip Erdogan, e sua família estavam se beneficiando do contrabando ilegal de petróleo do território em poder do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

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— No período da guerra fria houve uma máquina de propaganda soviética. Todo dia criava diferentes mentiras. Em primeiro lugar eles acreditavam nisso e depois esperavam que o mundo acreditasse. Isso era lembrado como mentiras e disparates do Pravda — disse Davutoglu em coletiva de imprensa antes de partir para visita oficial ao Azerbaijão. — Essa era uma tradição antiga, mas, de repente, aparece de novo. Ninguém atribui qualquer valor para as mentiras dessa máquina de propaganda de estilo soviético.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, afirmou na quarta-feira que os EUA rejeitam a premissa de que o governo turco esteja em aliança com os militantes para o contrabando de petróleo, dizendo não haver nenhuma evidência que contribuísse para tal acusação. Para Davutoglu, a rejeição das reivindicações da Rússia pelos Estados Unidos é mais uma prova de que a Rússia estava vendendo uma narrativa inventada.

Mas o presidente Barack Obama e outros funcionários americanos de alto escalão também expressaram frustração nos últimos dias com a persistente lacuna em matéria de segurança ao longo de um trecho de aproximadamente 100 quilômetros da fronteira da Turquia com o território sírio controlado pelo Estado Islâmico.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse na quarta-feira que algumas áreas não foram ainda devidamente protegidas. Segundo Davutoglu, a Turquia está fazendo tudo o que pode e criando “barreiras físicas” nesse trecho da fronteira.

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