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CULTURA

O ambiente transformado em música

No meio musical desde 1970, o músico, compositor, produtor, cantor, entre outras coisas, Brian Eno, comemora hoje 66 anos de vida. 44 deles foram dedicados à arte. Entre suas contribuições à música, Eno é uma associação constante à area de produção musical, e à evolução do gênero ambient. O estilo, que foi catalogado na década de 1970, popularizado por Eno e outros músicos da época, consiste em enfatizar tonalidades e atmosferas dentro da escala musical, principalmente utilizando instrumentos que soam contínuos e etéreos, com sintetizadores e notas que se arrastam e reverberam-se.

O músico também é constantemente associados a experimentalismos musicais que deram rumo à música pop atual. Dentro do extenso grupo de artistas que já tiveram o dedo de Brian Eno por traz de produções aclamadas, podemos citar David Bowie (na “trilogia de Berlim”), Talking Heads, U2 (7 álbuns, incluindo o clássico Joshua Tree), Slowdive (mítica banda britânica do estilo shoegaze), Coldplay, James Blake, Laurie Anderson, Paul Simon, Grace Jones e uma extensa lista.

Roxy Music

Em carreira própria, o músico também obteve grande notoriedade na cena inglesa do glam-rock, lembrada pelas maquiagens características e personalizações caricatas em palco. A banda Roxy Music, formada no ano de 1971 por Brian Ferry. O experimentalismo era um elemento chave na produção musical da banda, o que fez com que ela se destacasse no cenário musical da época, atingindo sucesso comercial e da crítica, principalmente com o disco For Your Pleasure, lançado no ano de 1973.

Another Green World

O trabalho solo de Eno ganhou evidência a partir da metade da década. Os discos Here Comes The Warm Jets, e Tiger Tiger Montain, ambos de 1974, serviram para destacar a destreza e sensibilidade musical de Eno com canções como Needles in the Camel’s Eye, The True Wheel e China my China. Robert Wyatt, famoso músico experimentalista de cena formada na cidade de Canterbury, na Inglaterra, contribuiu com o segundo disco de Brian Eno como percussionista.

No ano seguinte foi lançado o disco mais famoso do músico. Another Green World pegava toda a herança de Eno no glam-rock, e a euforia do início da década, e começava a acrescentar na mistura um elemento que serviria como definidor do resto de sua carreira. O ambient passava a ganhar destaque. Em resenha ao fórum Rate Your Music, o usuário de nick Luxxx12 tenta definir sua impressão do álbum. “O mais incrível desse lançamento é como a música soa orgânica. A música eletrônica jamais havia sido tão precisamente controlada”, afirma.

A partir desse momento de sua carreira, Eno adquiriu um status de mago da música eletrônica. Em 1977, com Before and After Science, que termina com uma sequência de três músicas que apresentam o áuge da combinação entre música ambiente e música pop: By This River, Through Hollow Lands e Spider and I passava o ideal de leveza necessários para chamarem a atenção do momento da carreira do músico, abrindo espaço para sua definitiva resignação com a série de quatro discos entilulados Ambient. O primeiro, que contém o subtítulo “música para aeroportos”, tem uma estrutura de músicas longas (algumas com mais de 15 minutos), que evidencializam a percepção climática das canções

Outros trabalhos

Entre os aclamados trabalhos de Brian Eno em contrubuição com outros artistas, se destaca o disco Souvlaki, da banda britânica Slowdive, lançado em 1995. Pouco conhecida no Brasil, a banda ganhou e vem agregando um número cada vez maior de fãs no seguimento chamado popularmente (para alguns pejorativamente) de “indie” ou “under-      ground” ou “alternativo”. Eno assina como compositor na canção Sing e toca sintetizadores na canção Here She Comes. O casamento entre Eno e Slowdive gerou um disco que mistura pop e shoegaze (uma espécie de ambient feito por guitarras), num formato classificado como dream pop (pop onírico), que ainda hoje é praticado e reformulado por muitas bandas pelo mundo.

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