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Renato Russo não morreu!

Ele questionou o futuro do Brasil mergulhado em corrupção lá nos anos 90, na canção Que País Esse? (que é hino de protestos até hoje). Se inspirou em um texto bíblico, o Coríntios, para falar sobre o amor em sua forma mais pura, em Monte Castelo. Fez ainda muitos de seus fãs que não queriam saber de tabuadas, decorarem com orguho a letra gigante de Faroeste Caboclo, que tem quase 10 minutos. Foi a voz de uma juventude incompreendida, a qual chamava de geração Coca-Cola. Recomendava a todos a amarem como se não houvesse amanhã, enfatizando a efemeridade da vida. Eis alguns legados de Renato Manfredini Júnior, o grande Renato Russo. Ele, que é um dos maiores ídolos do rock de todos os tempos, se vivo estivesse faria hoje seus 56 anos.

Em outubro deste ano completam-se ainda 20 anos, que não é mais possível ouvir sua voz grave, com a qual mostrava em canções uma sensibilidade crítica, que denunciava um mundo doente. Foi em seu apartamento, no Rio de Janeiro em 1996,  que o ídolo deixou a vida aos 36 anos, por causa de complicações causadas pelo vírus HIV. Contudo, pode-se dizer que este músico carioca, que cresceu em Brasília (DF), não morreu para mundo do entretenimento. Filmes, livros, exposições baseados em sua vida e música não param de ser lançados. Selecionamos a seguir alguns trabalhos inspirados por Renato após sua morte precoce.

A obra foi lançada em 2013 e é dirigida por Antônio Carlos da Fontoura, escrita por Marcos Bernstein e estrelada por Thiago Mendonça. No filme, o ator está na pele de Renato Russo na juventude, que depois de mudar para Brasília teve de conviver com a doença óssea rara epifisiólise, que o deixou na cadeira de rodas. Na recuperação, pode-se notá-lo planejando se tornar um astro de rock. Logo, a trama mostra o surgimento de grandes bandas do Brasília, a exemplo da Capital Inicial, Plebe Rude, e, claro, da própria Legião Urbana.

Faroeste Caboclo virou filme


Sim, também em 2013, a canção mais longa do grupo, Faroeste Caboclo, ganhou adaptação para as telonas. Na história, João de Santo Cristo é vivido por Fabrício Bolivieira; Maria Lúcia por Ísis Valverde e o Jeremias, o "maconheiro sem vergonha", por Fernando Abib. Como na música, o longa conta a história de João, que vai para Brasília em busca de uma vida melhor, mas se envolve com o tráfico de drogas e tem um final digno de filmes de faroeste norte-americanos.

A famosa história do casal que não era nada parecido será  transformada também em longa-metragem. O filme será dirigido por René Sampaio, o mesmo que levou às telonas a trajetória de João de Santo Cristo e deverá ser lançado ainda neste ano.

Seu diário virou livro Só Por Hoje e Para Sempre - Diário do Recomeço é o nome do livro que foi lançado ano passado e traz um relato do próprio artista entre abril e maio de 1993, período em que ficou internado na clínica Vila Serena, no Rio de Janeiro, para se livrar do vicio em álcool e drogas.

Em 2017 vai ganhar exposição no MIS


Depois da famosa exposição sobre o Castelo Rá-Tim-Bum, o MIS de São Paulo vai receber uma mostra inédita, que promete revelar a intimidade do cantor Renato Russo em 2017. Os manuscritos, diários, discos, esculturas, quadros, desenhos, fotos e roupas que pertenciam ao líder da Legião Urbana estão sendo embalados no apartamento na Rua Nascimento e Silva, no bairro de Ipanema, no Rio, onde Renato morou entre 1990 e 1996 (ano de sua morte). A exposição inédita é uma parceria do filho de Renato, Giuliano Manfredini, com o MIS (Museu de Imagem e de Som de São Paulo).

A Legião Urbana está na estrada


É verdade que parte dela é que está. Pois, o guitarrista Dado Villa-Lobos e o  baterista Marcelo Bonfá - músicos que faziam parte da formação original da banda -, iniciaram desde o ano passado uma turnê chamada Legião XXX. No show, o grupo celebra os 30 anos do primeiro LP da banda e, no dia 7 de maio, inclusive, o grupo estará bem pertinho de Goiânia. Eles se apresentam em Brasília, a casa da banda. Além dos músicos da Legião fazem parte do show: André Frateschi (voz), Lucas Vasconcellos (guitarra), Mauro Berman (baixo) e Roberto Pollo(teclados e convidados).

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