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CULTURA

Circo e sua importância para a sociedade

O circo e sua comunidade, durante muitos anos foram os únicos responsáveis por levar espetáculos culturais para todos os cantos do país, principalmente os mais isolados e carentes. Com a chegada da pandemia mudou completamente a rotina de quase 10 mil brasileiros que se sustentavam dos rendimentos a partir de suas apresentações em circos.

O Dia do Circo, comemorado no dia 27 de março, uma data que homenageia a arte circense, uma das formas de arte e entretenimento tradicional no Brasil. Data escolhida em forma de homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, como ficou conhecido o artista Abelardo Pinto, se tornou mundialmente famoso, e foi homenageado na Semana de Arte Moderna em 1922.

O circo é uma arte que encanta as pessoas, independente de idades, pelo bem comum de levar alegria por onde passa. Em entrevista ao Diário da Manhã, a artista circense Dalila Rodrigues, conhecida como Mundikinha comentou sobre a importância do circo e como foi afetada pela pandemia do COVID-19:

‘‘Durante a pandemia não só o circo mais a arte em geral, a sua importância foi consolidada porque graças a arte e as manifestações artísticas, foi quem nos tirou de um lugar de tristeza, desesperança de sofrimento, de morte e nos levou a um lugar de alegria, descontração. A arte nos trouxe esperança, para continuar vivos. Então essa é uma função social que não tem preço, a arte nos possibilita essa vivência no valor humano, a arte que nos tira desse lugar mercadológico de que tudo tem um valor financeiro para o valor das relações humanas, para o valor da alegria.’’

Chegada da Pandemia ao Circo

‘‘Não só para mim, mas para vários artistas essa pandemia trouxe muito sofrimento, porque trabalhamos diretamente com o público, como a gente não pode ter esse contato, foi muito sofrido eu acompanhei não só a minha experiência, mas vários próximos que passaram e ainda passam por muita dificuldade’’, comenta Dalila.

O setor cultural foi um dos primeiros a sentir o impacto da pandemia. Cinemas, teatros, casas de shows, circos e espaços voltados para a arte ficaram impossibilitados de reunirem público.

‘‘Eu particularmente sobrevivi como integrante da família Laheto, a gente começou a gravar vídeos, ensinado a construir o bambolê, e ofereci oficina com algumas técnicas circenses, gravamos aulas e espetáculos. Com sofrimento, mas com muita criatividade conseguimos sobreviver’’, finaliza Mundikinha.

Com jogos de luzes, cenários enormes e coloridos, personagens cativantes e atrações que encantam o olhar do respeitável público, o circo foi se consolidando ao longo do tempo como um grande e mágico espetáculo. Apesar das dificuldades, o circo é mais que uma equipe, é família, que resistiu a pandemia com amor e voltou a distribuir sorrisos.

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