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Roda de Viola acontece nesta quinta, 2, na Mandala Cervejaria

Nesta quinta-feira, 2, às 21h, os violeiros Alexandre Nonato, Paula de Paula, Pedro Vaz e Olavo Telles se reúnem na Mandala Cervejaria (Av. Esperança, 16, Vila Itatiaia, entrada franca) para tocar canções novas e também antigas do universo da viola.

Na Mandala, com os petiscos, cervejas, drinks e cujas delícias você leu no roteiro gastronômico deste DM, a Roda de Viola – evento que serve de esquenta para o festival A Moda de Viola, que começa na próxima quinta-feira, 9, com show do grupo Moda de Rock que terá participação de André Abujamra – será uma miscelânea de músicas autorais de cada instrumentista e os clássicos de Almir Sater.

“A Moda é Viola” trará como atração de abertura um Recital Didático com o violeiro João Paulo Amaral, no dia 10, às 10h30, no Miniauditório da Escola de Música (Emac) da UFG. Além de João Paulo, vai rolar, no mesmo dia, às 20h, no CCUFG, show dos músicos Adiel Luna (PE) & Levi Ramiro (SP) e também Almir Pessoa com participação do Grupo 10 Cordas (GO), apresentando o concerto “Rodas de Violeiro”.

Criada a partir do anseio de violeiros que perceberam a necessidade em movimentar a cena ligada à tradição da viola, A Moda é Viola é também um festival que tem como objetivo formar público e, a partir disso, apresentar uma riqueza cultural artística ligada à diversidade da viola, o que “a maioria das pessoas parece não perceber ainda”, afirma Pedro Vaz, idealizador do projeto.

O primeiro festival, realizado em 2015, nasceu de uma oportunidade de fazer três noites no Teatro da Caixa em Brasília, de forma independente, cobrando bilheteria e se organizando por meio de conversas com a violeirada para apresentar uma programação diversa na qual exaltou-se as vertentes da viola ao trazer representantes da música instrumental, do rock, da tradição mais caipira de dupla e de cantorias.

Depois de um hiato, houve a segunda edição, em 2017, com a Lei de Incentivo Municipal à Cultura de Goiânia e com apoio do Sesc em duas noites no Teatro Sesc Centro em Goiânia, sempre com essa mesma característica de mostrar a diversidade presente na viola. Ainda no mesmo ano, foi aprovado o edital da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Goiás, em 2018, mas a verba só foi liberada no início deste ano.

“Essa será, portanto, a maior edição, envolvendo uma equipe maior e mais atrações, inclusive ações descentralizadas que buscam outros públicos e traz artistas renomados, embora esse não seja o foco do festival, já que o intuito é contemplar artistas que ainda não têm uma carreira de sucesso tão consagrada”, diz Vaz, acrescentando que a ideia é conseguir mostrar e proporcionar mais atividades que se relacionem à viola para dar oportunidade também a artistas emergentes.

Expectativa

Segundo Pedro Vaz, idealizador do festival A Moda é Viola, a expectativa desse festival é fazer um encontro diverso, rico, com artistas que proporcionarão o encontro entre um violeiro nordestino e um sudestino, de tradições diferentes, e que vão dialogar também com uma mulher violeira, a mineira Letícia Leal. “Teremos também o grupo Conversa Ribeira, um grupo incrível que faz releituras do cancioneiro caipira junto à MPB e flerta com arranjos super elaborados e belíssimos, de altíssimo nível.”

Moda de Rock, uma das grandes atrações de “A Moda é Viola”, tocará releituras de clássicos do rock’n’roll para duo de viola. Além disso, a Camerata Caipira, que tem um trabalho voltado ao público infantil, divulgará seu recente CD junto à turnê “Cadê o Bicho que Tava Aqui?”. Também haverá Almir Pessoa, violeiro goiano ligado à tradição de uma música caipira mais sertaneja e, ao mesmo tempo, mais pop também.

Para Vaz, “A Moda é Viola” é um festival importante para Goiânia e, com seus shows que passeiam por diferentes estilos, mostra que a viola e sua cultura, em toda a riqueza que lhe é peculiar, proporciona um lugar importante para a música caipira e sertaneja, sem cair, contudo, no estereótipo da música sertaneja mais comercial, mais romântica ou universitária, enfatizando também para a juventude o orgulho em ser goiano, em ser de origem caipira-rural com as belezas que isso carrega. “Mas sem ser piegas ou cair em preconceitos rasos sobre o que é ser caipira”, arremata o violeiro e idealizador.

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