Cultura

Água Doce

Diário da Manhã

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 02:04 | Atualizado há 9 anos

Água doce, ou seja, a água com menos de 0,5 grama de sais por litro encontrada no estado líquido em lagos, rios, represas, aquíferos, nuvens ou infiltrada em rochas e no solo corresponde apenas a 1% de toda a hidrosfera planetária. A enorme demanda de água impoluta associada ao elevado contingente populacional da Terra, o desperdício e os descuidos com as nascentes e outros mananciais de água apontam para um grande risco de disputas acirradas pelo patrimônio hídrico da natureza, pois a carência de água impõe restrições na produção de alimentos, produção industrial e acesso a uma vida saudável.

Há dois tipos de ciclo da água na natureza, o ciclo curto e o ciclo longo. O primeiro é o ciclo caracterizado pela evaporação da água dos oceanos, rios e lagos que ao chegarem nas regiões mais elevadas e frias se condensam para posteriormente se precipitarem na forma de chuva,neve ou granizo. O longo é o ciclo em que a água passa pelos corpos dos seres vivos para depois retornar ao meio ambiente através da transpiração, da respiração, da urina, das fezes ou pela decomposição de cadáveres de plantas e animais por fungos e bactérias.

O caminho da água na teia alimentar começa com a atuação das raízes das plantas que ao absorvê-la no processo fotossintético utiliza-a na síntese de matéria orgânica que será parcialmente transferida para os diversos animais herbívoros e carnívoros que atuam como consumidores nas comunidades dos biomas e ecossistemas. Quando a vegetação natural é drasticamente removida ocorre um grande escoamento de água com um consequente aumento de erosão do solo,o que eleva drasticamente o risco de inundações e de deslizamentos de terras.

Apesar de a água ser um recurso natural renovável, pois pode ser reposta por meio de processos naturais em certa escala de tempo – os ciclos da água – se a velocidade de utilização for superior à taxa de reposição através dos ciclos curto e longo ela pode ficar escassa e se esgotar.

Mais de um bilhão de pessoas no mundo não possuem acesso a água impoluta e cerca de dois milhões morrem por ano em decorrência de doenças infecciosas devido à água contaminada.

Quanto à distribuição de água no planeta não há uniformidade. Mesmo no Brasil, país rico em reservas de água, 70% está disponível na Região Norte com apenas 7% da população brasileira. A mais populosa é a Região Sudeste onde vivem 43% dos brasileiros, mas ela só conta com 6% das reservas, perdendo apenas para a região Nordeste com apenas 3%.

Na Região Amazônica está o maior Aquífero de água doce do Mundo – o “Alter do Chão” – totalmente brasileiro e com potencial capacidade para atender todas as necessidades de água da humanidade por um período de trezentos anos. Em regiões do planeta com grande escassez de água doce,como no oriente médio, recorre-se ao processo de dessalinização da água do mar para uso na agricultura, na indústria e nos afazeres domésticos, um processo caro e de elevado gasto energético.

A preservação e recuperação de nascentes, a criação e utilização de tecnologias apropriadas nas indústrias, a eficiente gestão dos mananciais e reservas de água, políticas públicas adequadas e grandes investimentos em saneamento básico são tão importante como:

– Não jogar lixo em cursos de água.

– Não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes e ensaboar mãos ou louças.

– Consertar imediatamente qualquer vazamento detectado em torneiras,descargas e canos.

– Utilizar baldes nas lavagens de carros

– Regar plantas a noite.

 

 

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