Beto Barbosa
Redação DM
Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 22:02 | Atualizado há 5 meses
Se você tem menos de 25 anos, certamente já deve ter assistido sua mãe cantarolar, com sincera empolgação, pela casa as seguintes frases: “Adocica, meu amor, adocica. Adocica, meu amor a minha vida… Oi!”. Este trecho é da música Adocica, a canção mais famosa de Raimundo Roberto Mohry Barbosa, o Beto Barbosa. Paraense, natural da capital, Belém, Beto alcançou a incrível marca de três milhões de cópias vendidas graças ao sucesso Adocica.
No auge se sua carreira, Beto foi recordista. Em um de seus três clipes que já foram apresentados na revista eletrônica semanal Fantástico, da Rede Globo, ele se apresentava no Mangueirão, em sua terra natal. Este show levou para o estádio do Mangueirão o maior público da história do Pará. Uma apresentação de Beto em João Pessoa, no Espaço Cultural, também bateu recorde de público. Recorde este que até hoje não foi quebrado por nenhum outro artista. O cantor é também o único artista do Norte do Brasil a ganhar um Troféu Imprensa, quando, por votação, dividiu o prêmio com o também cantor José Augusto. O prêmio foi entregue pelo apresentador e empresário Silvio Santos e a cerimônia transmitida pelo SBT, no ano de 1991.
Descendente de libaneses, a família de Beto chegou ao Brasil na época áurea da extração da borracha na região amazônica, mais precisamente no estado do Acre. Hassem Mohry, avô de Beto casou-se e logo se mudou para Belém, onde tornou-se um comerciante de sucesso na cidade. Beto foi batizado Raimundo em homenagem à São Raimundo Nonato, com quem a mãe do cantor, dona Fátima, se apegou durante o complicado parto ao qual teve de enfrentar para que Beto viesse ao mundo. Teve uma infância pobre, mesmo sendo neto de um rico comerciante, em decorrência de desavenças entre a mãe de Beto e seu avô.
Diferenças superadas, Beto passou a trabalhar num das lojas do sr. Hassem, mas logo anunciou para a família seu verdadeiro sonho que era tornar-se cantor. Relevação que foi motivo de chacota no seio familiar. No entanto, Beto conseguiu convencer a família a apoiá-lo em seu sonho e, durante um ano foi financiado por seu avô para divulgar seu trabalho no Norte e Nordeste do País. E foi sucesso! Conquistou o Brasil inteiro com o ritmo lambada e despontou em todas as rádios brasileiras.
Há 29 anos na estrada, Beto tem 10 LPs e 11 CDs lançados e mais de 12 milhões de discos vendidos. O disco “Preta” de 1990, cujas músicas são todas composições de Beto Barbosa, foi recorde de vendas no início da década. Mas engana-se quem pensa que o sucesso de Beto ficou no passado. O cantor tem uma agenda lotadíssima e uma carreira muito respeitada. Foi atração este ano no tradicional Carnaval do Anhangabaú e na Maratona Spanta Neném, dividindo o palco com o rapper Filipe Ret e o som do reggae de Armandinho, no Rio de Janeiro.
O ritmo lambada, característica forte do estilo musical de Beto Barbosa já foi por três vezes tema de novelas: Sexo dos Anjos (1989) com “Adocica”; Rainha da Sucata (1990) com “Preta”; e Tropicaliente (1994) com “Meu amor não vá embora”. Recentemente o cantor lançou o seu mais novo single “Acelera”. Em entrevista para o site sopacultural.com, o cantor diz estar feliz, trabalhando muito e aproveitou para agradecer as inúmeras mensagens de carinho que tem recebido de seus fãs. Vida longa ao Rei da Lambada!