Cultura

Comida nordestina e literatura de cordel

Redação DM

Publicado em 4 de maio de 2017 às 00:41 | Atualizado há 7 meses

 

A rotina festiva de emancipação de Terezópolis de Goiás, cidade a 32 quilômetros de Goiânia, foi alterada neste final de semana na comemoração dos 25 anos, cuja data precisa é dia 29. E essa alteração para melhor. Isso pelo fato de o prefeito Francisco Alves Souza Júnior, mais conhecido na cidade como Juninho, ter se reunido com sua equipe de trabalho para escolha de um evento que pudesse atrair pessoas de outros municípios para conhecer a cultura e os valores da cidade.

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Desse propósito nasceu, portanto, uma semente, que é a criação do 1º Festival Gastronômico de Terezópolis de Goiás, denominado de Tereoxente (mistura de “Terezópolis” com o advérbio “oxente”) e que teve o lançamento no dia 18 no Palácio das Esmeraldas. Como as primeiras famílias a habitar a cidade são de origem nordestina, a temática gastronômica surgiu de imediato: comidas nordestinas. Junto à temática culinária, foi sugerido também a literatura de cordel. E foi essa mistura que prevaleceu na festa de 25 anos de emancipação.

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Segundo Juninho, a viabilização desse projeto cultural contou com o apoio valioso do governador Marconi Perillo: “Sem o apoio do governador Marconi, esse evento não se tornaria realidade”. Juninho está derramando felicidade. E com razão, pois a semente brotou viçosamente: nos três dias de festa, de 28 a 30, cerca de 25 mil pessoas estiveram em sua cidade para conhecer o evento. “Fiquei muito contente com o volume de público do evento e no ano que vem a cidade certamente terá esse público aumentado para muito mais”, conta o prefeito, otimista.

 

[box title=”Wilder é tema de literatura de cordel”]

Além das mais variadas comidas nordestinas oferecidas na festa, houve também outro ingrediente para combinar: muita literatura de cordel. Literatura esta criada por alunos das escolas municipais e estaduais da cidade. O que foi possível porque o poeta Hélverton Baiano, o qual é baiano de Correntina, mas que adotou Goiânia de coração para morar, esteve na cidade orientando os professores sobre os procedimentos formais necessários para se criar tal modalidade de literatura. Baiano elogiou a ação do prefeito Juninho em disseminar poesia nas escolas, sobretudo incentivando os alunos na criação.

Os poemas ficaram em exposição para os visitantes em estandes montadas pela prefeitura, que também utilizou muro de escolas para exibir pinturas e poemas relacionados ao tema. Entre centenas de poemas expostos, havia um (“O menino que queria ser doutor”) que tinha como assunto a vida do senador Wilder Morais contada desde sua infância pobre em Taquaral de Goiás até os dias atuais dele enquanto senador e empresário .
O autor do poema, que foi transformado num pequeno livro conforme a característica de literatura de cordel, é o poeta e violeiro padre Agnaldo Gonzaga, que foi ex-prefeito de Itaguari. Seu histórico de criação é grande: é autor de 11 livros e já lançou três CDs. Sobre sua história de vida ser tema de poema, o senador Wilder Morais se diz muito lisonjeado e conta que tem uma grande admiração pelo padre Agnaldo: “É muito gratificante ser tema de poema do amigo padre Agnaldo, que, além de poeta, é um ótimo tocador de viola”. Sobre o evento em Terezópolis, o senador relata que “o volume de público que compareceu no Tereoxente prova que evento emplacou, graças ao empenho do prefeito Juninho”.

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