Continuação de Dragon Ball é anunciada

O retorno dos personagens do desenho animado imortalizado na infância brasileira dos anos 90 e 2000 para a televisão tem estreia prevista para julho deste ano no Japão. Ao contrário de Dragon Ball GT, exibido originalmente entre 1997 e 1998, a nova série, chamada de Dragon Ball Super, conta com a supervisão de texto de Akira Toriyama, que é autor da série original, lançada em mangá (desenhos em quadrinhos do Japão), no ano de 1984. Será a primeira participação de Akira no processo de criação da série desde o fim de Dragon Ball Z, em 1996.

A história deve ter início pouco tempo depois da batalha final entre Goku e Majin Boo, que embalaram o clímax final da série há quase 20 anos. A notícia foi recebida com euforia pelos fãs da série, que não ficaram muito satisfeitos com Dragon Ball GT, principalmente pela mudança discrepante de estilo entre os enredos, como conta Bruno Lopes, de 22 anos, fã da série. “Ninguém sentia a mesma emoção de assistir o GT, comparando às grandes aventuras na saga Z, com personagens como Freeza, Cell e os androides”.

Ele ainda aponta o ponto de início da nova série como sendo um dos principais motivos de alegria dos fãs. “Sempre tive medo de a série ter continuação a partir da bagunça que virou o GT. Fico feliz em saber que o Akira entende o impacto que a série teve no mundo todo e está dando esse presente para os fãs”. No Japão, a expectativa é que a série uma pais e filhos diante da televisão para acompanhar o destino de personagens tão marcantes como Goku, Gohan, Vegeta, Picolo, Bulma, Kuririn e tantos outros.

Segundo o produtor de TV Osamu Nozaki, que trabalha na TV Fuji, responsável pela produção de Dragon Ball Super, o enredo deve trabalhar com um novo patamar de vilão. “Assim que li o script que já recebi do próprio Akira Toriyama, meus sonhos começaram a se expandir. Um inimigo ainda mais forte que Boo ou Freeza deve agitar a série”, afirma. Ainda segundo a produtora, grande parte do elenco de dublagem de Dragon Ball Z deve retornar para a versão Super do anime.

No Brasil

A primeira exibição da franquia Dragon Ball no Brasil foi no dia 19 de agosto de 1996, no SBT. A história da infância de Goku, enfatizando suas origens e a busca pelas esferas que dão nome à série, tinha um ar mais cômico que sua versão sucessora. Foi com Dragon Ball Z, de 291 capítulos, exibida primeiramente pela TV Bandeirantes em 1999, que o desenho tomou um aspecto mais sério e virou febre em todo o País, impulsionando álbuns de figurinhas, cadernos, bonecos, mochilas e tudo quanto é objeto de coleção.

“Todo mundo saía da aula correndo pra casa pra conseguir pegar o Dragon Ball Z da tarde”, comenta Bruno Lopes. “Era uma das poucas coisas que eu me lembre que me deixavam parado e tiravam toda a minha ansiedade. Os episódios eram muito emocionantes. É como se fosse uma novela muito boa, só que muito bem preparada para o universo das crianças daquela época”, completa. O peso da recepção de Dragon Ball no País ainda pode ser visto através das inúmeras páginas de internet relacionadas aos personagens. “É uma coisa praticamente impossível você perguntar para uma pessoa com menos de 30 anos se ela sabe quem é Goku e essa pessoa responder que não”, conclui Bruno.

Uma página no Facebook chamada Gokuísmo, com mais de 30 mil seguidores, legitima a fama que o personagem ganhou entre os fãs: um status quase que divino, daquele que sempre consegue solucionar os problemas mesmo depois de morto. O humor que essa perspectiva cria também era muito explorado no Orkut, com comunidades como Eu ajudei o Goku com a Geiki Dama (poder apoteótico do protagonista, onde ele pedia que todos os seres do planeta levantassem as mãos, doando um pouco de sua energia).

Para finalizar, convidamos o leitor do DMRevista a procurar as sete esferas do dragão em nossas páginas. As esferas tinham o poder de, quando reunidas, evocar um grande dragão chamado Shenlong, que realizava um desejo daquele que tivesse conseguido o feito. Boa sorte e até o próximo capítulo de Dragon Bal Z!