![Cesinha Canedo, artista refinado: era fã de Beatles e adorava bossa nova - Foto: Divulgação](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/130000/1200x720/Artigo-Destaque_00134297_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F130000%2FArtigo-Destaque_00134297_00.jpg%3Fxid%3D643188%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721189255&xid=643188)
Ele completaria 76 anos de idade no próximo dia 7 de fevereiro. Porém, em 20 de novembro de 2020, César Canedo Abdnur, o Cesinha Canedo perdeu a luta contra um câncer de intestino, após cinco meses de sua descoberta. Mas deixou o seu nome gravado em destaque na história da musicalidade goiana.
Para homenagear a sua memória haverá um Encontro Musical, reunindo cantores, amigos, familiares e admiradores do cantor, compositor e arranjador, com um palco aberto para apresentações no Tio Sergio Gastrobar, localizado no Setor Goiânia II, no dia 7.02, a partir das 19 horas. O evento marca também o lançamento do documentário Especial Cesinha Canedo, do pesquisador e jornalista Marcos Gomes, que será exibido no local. “Ele foi um dos maiores gênios da música em Goiás e a sua obra precisa ser conhecida pelas novas gerações” – define o documentarista.
O baterista Marquinhos Xará, amigo de Cesinha desde 1963, quando a TV Anhanguera exibia programas de auditório, como A Juventude Comanda, apresentado pelo colunista Arthur Rezende, é o responsável pela organização desse evento, ao lado da sua filha Felícia Garcia, produtor cultural e do cantor, Walter Carvalho. “Eu o considerava um irmão, afinal, foi uma amizade, parceria e convivência de mais de 55 anos” – explica Xará.
Aproximando-se mais um aniversário dele, então a filha sugeriu ao Xará a realização da homenagem. Felícia Garcia conta que logo a ideia foi abraçada pelo cantor Walter Carvalho, quem conseguiu o espaço para o evento, onde dezenas de cantores goianos, como, ele próprio, Gilberto Correia, Fernando Perillo, Nilton Rabello, Valter Mustafé e tantos outros irão se revezar no palco para homenagear Cesinha. Não será cobrado couvert artístico.
“Eu era ainda criança e me recordo do Cesinha cantando no Zero Bar, onde também a minha mãe, Telma Fernandes também cantava e o meu pai tocava bateria. Ele era um amigo muito próximo, que costumava frequentar a nossa casa” – lembra a produtora cultural e uma das organizadoras do evento. Entre 1972 e 1975, Xará e Cesinha foram sócio no Bar Tocada, que funcionava no Setor Oeste, com música ao vivo.
Ex-Coordenador do Sistema de Rádio do Grupo Jaime Câmara, cantor, compositor, arranjador e produtor musical, ele foi um dos pioneiros do Movimento das Bandas de Baile em Goiás, a partir da década de 1960, onde atuou nas Bandas Zambis e Esquema 4. Também foi um dos precursores do Movimento da MPB ao vivo nos bares de Goiânia.
Ele venceu o I Festival Goiano de MPB (1966), organizado por Francisco Paes, o Chicão, com a música Tem Jeito Não (Cesinha Canedo e Paulo Baiocchi) e o Festival Comunica-som, organizado por Arthur Rezende e Lorimá Dionisio Gualberto, o Mazinho, edição 1977, com a música O que será de nós (Cesinha Canedo).
Artista refinado, fã dos Beatles, liderados por John Lennon e Paul McCartney e da Bossa Nova, que teve em João Gilberto e Tom Jobim, alguns dos seus principais expoentes, Cesinha Canedo deixou um legado cultural musical bastante valioso para as atuais e próximas gerações.