Cultura

Entrevista com Elizabeth Caldeira

Redação DM

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 01:41 | Atualizado há 7 meses

DM Revista: Existem propostas ou intenções de levar “Poesia em poucas palavras” para o berço de Avena, a França?

Elizabeth: Sim. O livro não será encaminhado só à França… Yvan Avena confidenciou à Monique, que este seria seu último projeto realizado (estava muito doente e sabia que não teria muito tempo de vida). Afirmou a ela que “gastaria um pouco”, mas que enviaria, cerca de 160 exemplares, a 27 países e a toda sua lista de contatos. São editores, escritores, críticos literários e amigos que deixou nos países, por onde fez rastros culturais em sua longa jornada, profissional, artística e literária.

Monique Avena vai cumprir seu “último desejo”: enviar os cerca de 160 exemplares aos ícones da literatura e das artes, nos 27 países de seu rol de contatos.

Vale ressaltar que temos tido a oportunidade de representar nossa literatura em alguns países da América latina e Europa, tais como: Chile, Peru, Equador, Argentina, Portugal e Itália, onde pretendemos fazer chegar a lírica goiana, repoetizada e iluminada com a arte de Avena no “POESIA em poucas palavras – em quelques mots – en pocas palabras”.

 

DM Revista: Agora, com o livro em mãos, depois das dificuldades enfrentadas, qual a sensação? A missão foi cumprida, ou ainda há novidades por vir?

Elizabeth: Sim… Sinto-me leve. Sei que Yvan, de onde estiver, estará satisfeito com o resultado. Ele manifestou-se em vida. Afirmou à Monique que estava “muito contente, muito feliz pelo livro” e que aquele seria sua última publicação e “a última coisa de sua vida”. Sei que ele confiava em nós. Sei, também, que não o decepcionamos. E somos muito felizes por isto. Não só eu, mas todos os 22 poetas e poetisas por ele escolhidos, (salientamos que dois destes não estão mais entre nós: Ada Curado e Helvécio Goulart). Merece destaque o esmero que a Gráfica e Editora Kelps deu ao nobre Projeto, nas pessoas dos irmãos Almeida: Antonio, Waldecy e José e, ainda, do designer gráfico, Victor Humberto Marques, responsável pela programação visual.

 

DM Revista: Se Yvan Avena ainda estivesse vivo, sendo você uma amiga tão próxima desta personalidade, você consegue imaginar o que ele lhe diria?

Elizabeth: Talvez dissesse: Bety… Você sempre alcança o que almeja, pois se empenha e se dedica ao máximo no que faz. Ou, talvez, ele repetisse o que já havia me dito algumas vezes: “Bety você é uma das duas mulheres brasileiras mais inteligentes, dinâmicas e eficientes que eu conheci.” A outra seria a produtora cultural Malu da Cunha.

No que me diz respeito, talvez ele tenha conhecido poucas mulheres…

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