Cultura

Gilberto Mendonça Teles, patrimônio cultural de Goiás, faz 90 anos

Diário da Manhã

Publicado em 28 de junho de 2021 às 14:38 | Atualizado há 4 anos

Sem nenhuma dúvida, atualmente, é Gilberto Mendonça Teles, quem melhor representa a poesia brasileira, de pura origem goiana, em todos os cantos do mundo. Senhor de uma linguagem poética refinada, às vezes satírica, ora de um lírico sensual personalizado, para também de falsas rupturas estéticas, seus poemas plasticamente bem tratados, não deformam, não escorrem como tintas, firmemente materializados com todas as cores e formas enriquecem a linguagem poética universal.

Assim, caminha Gilberto moldurando sua obra poética que teve início há 56 anos com a publicação de Alvorada, tão bem sequenciada com vários títulos.

Primogênito do casal João Alves Teles e Celuta Mendonça Teles, Gilberto nasceu em Bela Vista de Goiás, às 6 horas da manhã, do dia 30 de junho de 1931, irmão do reconhecido memorialista e gestor cultural José Mendonça Teles.

Boa parte da formação acadêmica de Gilberto foi construída em Goiás, graduando-se em Filosofia e Direito. Depois de aluno, respectivamente, a seguir, foi professor-fundador da Universidade Católica, atual PUC-GO e da Universidade Federal de Goiás, onde criou as cadeiras de Literatura Brasileira e de Teoria Literária. Ainda, idealizou, estruturou e dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros, cujas portas foram lacradas pelos militares, em 1965. Neste ano, como bolsista, concluiu em Portugal, Coimbra, curso de Especialização em Língua Portuguesa, para em 1969, doutorar-se em Letras, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Em terras goianas, como gestor cultural, Gilberto foi presidente da União Brasileira de Escritores, Seção de Goiás e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Ocupante da Cadeira nº 11, da Academia Goiana de Letras, nosso decano confrade, é detentor de premiações literárias, comendas, títulos dos mais variados matizes nacionais e internacionais. Há mais de 40 anos que Gilberto reside no Rio de Janeiro, rico em bens materiais, ele não ficou. Entretanto, seu farto patrimônio cultural, é uma mesa generosamente posta à disposição das sensibilidades mais refinadas da arte poética.

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