La Belle do nordeste pousa em Goiânia
Agência Brasil
Publicado em 23 de setembro de 2019 às 19:44 | Atualizado há 4 meses
Do interior de Pernambuco, nos limites do agreste com o sertão, para o coração do Brasil. Alceu Valença, grande nome da música brasileira, pousa em Goiânia para se apresentar ao lado de Geraldo Azevedo no Flamboyant in Concert nesta terça-feira (24). Projeto existente na agenda cultural do shopping.
Atualmente, Alceu se posiciona como uns dos maiores irradiadores da música nordestina. De maneira singular, o artista conseguiu utilizar a guitarra com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas músicas, sem perder claro, a essência e regionalidade do nordeste.
Em entrevista
ao Diário da Manhã, Alceu Valença compartilhou que a expectativa para seu show é
a melhor possível. “Sou muito bem acolhido pelo público de Goiânia. Inclusive
cito a cidade em uma de minhas músicas, “No Tempo em que me Querias”. Este é um
show em que apresento meus grandes sucessos, músicas que o público gosta de
escutar na minha voz por uma questão de identidade ou estilo.”
Além da
música, o artista desliza por outras artes. Em
2009, Alceu Valença trabalhou no seu filme “Cordel Virtual”, um musical que foge do
tradicionalismo cinematográfico. Em um mergulho por sua infância, a obra tem a trilha
sonora das ruas do Nordeste, de Luiz Gonzaga, do samba-canção dos anos 50, em
síntese, da música contemporânea brasileira.
O artista, evidenciando sua consolidação na história da música brasileira, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras por “Amigo da Arte”. Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor Regional.
Sem dúvida, os sucessos de Alceu Valença já embalaram alguma circunstância de sua vida, ainda que de forma imperceptível. A semelhanças sertanejas que aproximam nordeste e centro-oeste criam o laço de afetividade com o som que vem do sertão. Segundo o artista, o público pode esperar por seus tradicionais sucessos “Meu show tem Tropicana e Anunciação, tem Belle de Jour e Girassol.
E tem Coração Bobo, Táxi Lunar, Solidão, Embolada do Tempo. Tem módulo de Gonzagão e uma música do repertório Jackson do Pandeiro, com quem cantei muitas vezes nos anos 70 e cujo centenário se completa neste ano. Meu primeiro grande sucesso, Coração Bobo, foi dedicado a Jackson”.
Ademais, é
importante ressaltar uns dos grandes marcos na carreira do cantor. Em 1970, em
virtude do Festival Canção, Alceu Valença vai para o Rio de Janeiro se
apresentar no Maracanãzinho e,
posteriormente, ao tentar a carreira no estado, conhece o amigo e incentivador
Geraldo Azevedo, em uma festa. Hoje, os artistas dividem composições e também o
palco nesta terça (24).
“Conheci
Geraldo Azevedo nos inicio dos anos 70 e é sempre uma alegria dividir o palco
ele. Somos inclusive compadres, sou padrinho de uma das filhas dele, Gabi.
Ainda em Recife eu costumava ver o Geraldinho tocando violão na TV. Também
conhecia e cantava uma de suas músicas, “Aquela Rosa”, uma parceria com outro
grande amigo, Carlos Fernando.”