Cultura

Lendas do esporte

Diário da Manhã

Publicado em 12 de julho de 2016 às 02:48 | Atualizado há 4 meses

 O brilho dos que se destacaram por suas façanhas esportivas e atuação fora dos ringues, pistas, campos e quadras

Vinte veículos de comunicação dos mais importantes em questões de esportes em todo o mundo, na década de 80, elegeram Pelé o atleta do século. O resultado da votação foi publicado, em sete páginas de um jornal francês no ano de 1980. O jogador, estrela do Santos Futebol Clube do litoral paulista, sempre é lembrado quando se fala de atletas lendários.

Edson Arantes do Nascimento nasceu em Três Corações, Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1940. Jogou 18 anos no Santos, de 1956 a 1974. Pela seleção brasileira, Pelé disputou 91 jogos, marcando 76 gols. Em 43 confrontos oficiais, ele marcou 42 gols. Parou de jogar pela seleção em 1971, recusando-se a participar da Copa de 74, na Alemanha. Jogou nos EUA, no Cosmos, até 1978.

Lendas sempre surgem em todas as gerações, na história mais recente do esporte, atletas excepcionais já escreveram seu nome, como Usain Bolt. Este velocista jamaicano é multicampeão olímpico e mundial, recordista mundial dos 100 e 200 metros rasos, além do revezamento 4 x 100 metros. Ele é o único atleta na história do atletismo a se tornar bicampeão em todas as três modalidades em Jogos Olímpicos de forma consecutiva e a conquistar seis medalhas de ouro em provas de velocidade, sendo onze vezes campeão mundial.

E ainda existe uma mulher que ultrapassou Pelé como artilheira em jogos pela seleção brasileira. Obviamente são modalidades distintas do mesmo esporte, mas ela é um destaque absoluto do futebol feminino mundial. Marta Vieira da Silva fez 98 gols pela seleção e Pelé fez 95 em sua carreira.

 

[box title=”Atletas que não tiveram glória apenas na prática esportiva, mas também como pessoas ilustres do pensamento e combate à injustiça racial e social:”]

MOhammad Ali

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Cinquenta e seis lutas. Apenas cinco derrotas. Arriscou sua carreira e liberdade por se recusar a servir o Exército. Porta-voz do povo preto. Muito mais que um boxeador, um nome pra sempre lembrado do ativismo racial, Mohammad Ali. O maior boxeador da história que nos deixou nesse 2016 aos 74 anos.

Subversão no punho, na alma, no ringue, nos pés ágeis e nas palavras tão certeiras quanto seu soco. Mohammad Ali que na juventude enfrentou os Estados Unidos da América se recusando a servir o Exército americano na guerra contra o Vietnã, mais que um atleta era um guerreiro, mas só servia aos propósitos de sua consciência racial.

Pouco depois da aposentadoria de Mohammad Ali começaram especulações sobre seu estado de saúde. Ele começou a apresentar dificuldade de fala e aparecia muitas vezes com um aspecto sonolento, muito divergente da sua agilidade nata. Ele foi então diagnosticado com síndrome de Parkinson, mas continuou fazendo aparições públicas e recebendo sempre o respeito que merecia onde quer que fosse. O mal de Parkinson não afeta o grau de inteligência das pessoas e não é uma doença fatal, embora seja incapacitante a longo prazo.

Uma associação que veio a tona depois da morte de Ali foi entre o boxe e essa doença neurológica degenerativa, por causa das constantes pancadas que tomou ao longo da vida. Mas essa associação, mesmo tendo muita lógica, visto que traumatismos podem desencadear o mal de Parkinson, não tem uma comprovação médica.

 

Jackie Robinson

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Uma dessas personalidades históricas que deram um “cala boca” no preconceito esportivo foi o jogador de baseball Jackie Robinson. Até a sua contratação pelo Brooklyn Dodgers, não existia a presença negra na Liga de beisebol americana, ela era exclusivamente composta por jogadores brancos. Apesar de não serem parte dessa liga, atletas negros tinham seus próprios times e competições desse esporte.

Esse jogador, de uma rara habilidade, foi tão significante para o esporte que ganhou um dia em sua homenagem o “Jackie Robinson Day”, que vigora desde o ano de 2004. E esse dia é 15 de abril. A data se deve à estreia dele na Major League, que antes contava apenas com jogadores brancos.

Nessa ocasião todos os jogadores de todas as equipes usam o número 42, que pertencia a Jackie, em seus uniformes. A ideia veio de uma frase dita por um de seus parceiros de clube “Quem sabe amanhã todos usemos 42, para que ninguém mais consiga nos diferenciar”.

Jackie Robinson travou sua luta contra o racismo e a segregação contra os negros nos Estados Unidos nos campos de beisebol, em tempos de enfrentamentos ferrenhos pelos direitos civis negros..[/box]

 

 


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