Cultura

Maestro Roberto Minczuk deixa a Orquestra Sinfônica Brasileira

Diário da Manhã

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 07:45 | Atualizado há 10 anos

RIO – O regente Roberto Minczuk deixou o posto de maestro titular da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), que ele ocupava desde 2005, pondo fim a uma era de reconhecimento crítico pela qualidade de seu trabalho e de crises pelo seu estilo de liderança, que culminou com uma revolta dos músicos em 2011. O contrato do músico paulistano terminou no início de agosto, e seu substituto será escolhido ao longo do ano que vem, para assumir o cargo em 2017. No entanto, Minczuk manterá vínculos com a orquestra, podendo reger apresentações nas próximas temporadas. As de 2016 estão em negociação. Nos atuais programas de concerto, ele aparece como maestro emérito. Segundo a OSB, a honraria é dada a todos os que comandam a orquestra por dez anos ou mais. Nesse rol, constam também os regentes Eugen Szenkar, Eleazar de Carvalho e Isaac Karabtchevsky.

Segundo a OSB, ainda não há nomes em avaliação para o posto de maestro titular. “Qualquer especulação em torno de um nome trata-se somente disso: especulação”, afirmou a orquestra por meio de nota. Sobre o novo regente emérito, é dito que “o conselho da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira tem orgulho do trabalho que o maestro Roberto Minczuk vem liderando desde 2005, ampliando a capacidade artística da orquestra, refinando nosso repertório e dando corpo a um projeto artístico abraçado por todos da instituição. Por isso, apesar do término de seu contrato como maestro titular em agosto último, Minczuk segue regendo a orquestra nos concertos divulgados daqui até o final do ano, conforme programado”.

No dia 18 de agosto, os músicos efetivos e temporários da OSB marcaram uma reunião para “manifestar sua opinião sobre a permanência ou não do maestro titular pela Fundação OSB”. Segundo um músico que pediu para não ser identificado, o diretor artístico da orquestra, Pablo Castellar, dissuadiu o grupo de fazer a consulta:

— Ele argumentou que tal votação seria péssima para a imagem da orquestra e também comunicou que o contrato de Roberto Minczuk havia terminado em 31 de julho e não seria renovado. Mas fomos pegos de surpresa ao ver, num programa de concerto, que ele havia recebido o título de maestro emérito.

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