Cultura

Malba Tahan

Redação DM

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 21:01 | Atualizado há 5 meses

O matemático Júlio César de Melo e Souza, cujo pseudônimo Malba Tahan se tornou mais conhecido era carioca, nascido em 1895. Filho de pais professores, tinha outros 8 irmãos. Passou boa parte de sua infância na cidade de Queluz, no interior paulista. Desde a infância já demonstrava aptidão para a confecção de histórias com nomes absurdos, ora sem nexo com o contexto geral do conto. Júlio, ao qual me referirei apenas como Malba a partir de agora, foi pedagogo, escritor, matemático e um dos maiores divulgadores da matemática no modernismo brasileiro. Ficou conhecido no mundo todo, sendo suas obras traduzidas para vários idiomas. Seu livro mais conhecido, O Homem que calculava, virou filme, e é um dos livros brasileiros que mais fora relançado, tendo chegado à 80ª edição. É também uma leitura saborosa, mesmo para aqueles que não são tão fãs de matemática assim. Para quem vai encarar vestibular e Enem no fim do ano também é uma boa opção.

Malba é autor dos seguintes livros, todos envoltos em histórias e lendas do Oriente Médio: Aventuras do rei Baribê; A caixa do futuro; Céu de Alá; Lendas do céu e da terra; Lendas do deserto; Lendas do oásis; Lendas do povo de Deus; Maktub!; Os melhores contos; Meu anel de sete pedras; Mil histórias do sem fim (Volume 1 e 2); Minha vida querida; Novas lendas orientais; Salim, o mágico; O homem que calculava; e Matemática divertida e curiosa. Este último sendo assinado com seu nome de registro. Apesar de ser considerado modernista, o estilo literário de Malba era didatista, ou seja, visava ensinar matemática de maneira didática e prazerosa, distanciando-se um pouco dos demais escritores do movimento modernista brasileiro.

O matemático ainda fora militante em prol dos hanseníacos, tendo lutado contra o preconceito e a favor da recuperação e reinserção desses pacientes na vida social. Faleceu em Recife em 1974, após um ataque cardíaco. Malba estava em viagem para o local, onde palestrava sobre a arte de contar histórias. Em seu testamento, Júlio Gatoso, como era conhecido entre os hanseníacos, deixou uma homenagem à estes. Cerca de 520 mil pessoas compareceram aos funeral do matemático, a fim de prestar suas últimas homenagens. Fora sepultado no Rio de Janeiro, e além da mensagem que deixara para ser lida em seu velório, Malba exigira que fosse enterrado em caixão simples, que as flores não fossem caras, nem luxuosas, que não houvessem coroas de flores, pois queria que seu velório fosse o mais modesto possível, assim como a maneira a qual ele tentara nos ensinar a matemática.


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