Cultura

Marlon Brando: a estrela difícil

Redação DM

Publicado em 3 de abril de 2015 às 01:42 | Atualizado há 6 meses

O ator de cinema e teatro, além de diretor estadunidense, Marlon Brando, completaria nesta sexta-feira (3), 91 anos. Conhecido pelo estilo realista e emocionante nas atuações, Brando é considerado um dos maiores e mais influentes atores de todos os tempos e um dos mais importantes no cinema dos Estados Unidos.

A “estrela difícil” foi um dos três únicos atores a fazer parte da lista de 100 pessoas mais importantes do século, feita pela revista Time, em 1999. Charlie Chaplin e Marilyn Monroe também fazem parte da lista. Ativista, Brando apoiava o movimento dos direitos civis dos negros e de vários movimentos indígenas americanos.

Brando é conhecido pelos seus papéis em Um Bonde Chamado Desejo, Viva Zapata!, Último Tango em Paris, Sindicato de Ladrões e por dar vida a Don Vito Corleone no clássico dos anos 70, O Poderoso Chefão. Para o cineasta Martin Scorsese, “ele é o marco. Há o ‘antes de Brando’ e ‘depois de Brando’”.

 

Padrinho

Filho de Marlon Brando Sr. e Dorothy Pennebaker Brando, Marlon teve influência do teatro desde pequeno, quando sua mãe se envolveu com o grupo local. Com uma infância tumultuada, foi expulso várias vezes da escola e decidiu não dar prosseguimento aos estudos.

Seu primeiro Oscar foi conquistado em 1954, com 30 anos, pelo filme Sindicato de Ladrões. O segundo prêmio só seria recebido 22 anos depois, em 1972, com o filme O Poderoso Chefão. O sucesso como Don Corleone foi tamanho, que rendeu ao personagem o título de “maior vilão da história do cinema”.

Trabalhou como diretor em apenas um filme. A Face Oculta obteve elogios da crítica por investir em um estilo inovador para o gênero western. Brando, com um estilo lento, filou o mar – cenário incomum no gênero.

 

O Bad Boy

Por suas explosões públicas e brincadeiras, Brando era considerado um “bad boy”. Para a revista Los Angeles, Brando foi “rock’n’roll antes que alguém soubesse o que o rock’n’roll era”. Em 1973, por exemplo, Brando quebrou a mandíbula de um paparazzo que o seguia.

Liberal, não via problemas em comentar sobre sua vida sexual. Em entrevista para Gary Carey em 1976, ele afirma: “A homossexualidade está tanto na moda, já não faz notícia. Como um grande número de homens, eu também tive experiências homossexuais e não me envergonho. Nunca presto muita atenção ao que as pessoas pensam sobre mim. Mas se há alguém que está convencido de que Jack Nicholson e eu somos amantes, eles podem continuar a fazê-lo. Acho que é divertido.”

Nos anos 1980, Marlon interrompe sua carreira e se retira para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Em 1º de julho de 2004, aos 80 anos, Marlon Brando morreu de insuficiência respiratória. Seu corpo foi cremado, suas cinzas foram colocadas juntas à de seu amigo de infância Wally Cox e outro amigo de longa data, Sam Gilman. Em seguida, foram espalhadas uma parte no Taiti e outra parte no Vale da Morte, no Deserto de Mojave, Estados Unidos.

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