Cultura

Mike Stern leva improviso jazzy ao Bolshoi Pub

Redação Diário da Manhã

Publicado em 3 de junho de 2025 às 14:09 | Atualizado há 2 dias

Músico mostra por que é considerado referência em seu instrumento - Foto: Divulgação
Músico mostra por que é considerado referência em seu instrumento - Foto: Divulgação

Instumentista norte-americano retorna a Goiânia acompanhado por uma banda de feras. Músico exibe domínio técnico que o torna referência mundo afora

Marcus Vinícius Beck

O guitarrista norte-americano Mike Stern, 72, chega a Goiânia para apresentação cheia de feeling e técnica amanhã, a partir das 21h, no Bolshoi Pub, Setor Bueno. De novo, o show reúne timaço de músicos. Será uma verdadeira celebração do jazz fusion.

Ao lado de Stern, estarão nomes de peso como Dennis Chambers, um dos bateristas mais influentes do gênero pelo mundo; a guitarrista e cantora Leni Stern, fera das seis cordas elétricas; o baixista Rubem Farias; e o saxofonista Bob Francischini. Só mestres.

O evento promete noite repleta de improvisos, técnica refinada e interação musical de alto nível. Os ingressos já estão disponíveis pelo Balada App.

Nascido em janeiro de 1953, Mike enlouqueceu quando escutou pela primeira vez os deuses da guitarra Eric Clapton e Jimi Hendrix. Também, claro, pirou ao som de BB King, a quem o blues era uma música simples. Uma música simples, mas tocada por gente sofrida. 

Então aos 12 anos, estimulado por essas lendas das seis cordas elétricas, o músico prodígio se matriculou na renomada Berklee College of Music, em Boston, Estados Unidos, no começo dos anos 70. Ali, se transmutou num jazzista. Descobriu os segredos das escalas tocadas pelos guitarristas Wes Montgomery e Jim Hall — gente foda no mundo jazzy. 

Tempos depois, uniu-se à banda Blood, Sweat & Tears, lançando dois álbuns. Juntou-se, a posteriori, aos músicos que gravavam com o baterista Billy Cobham. Às excursões, o guitarrista chegou quando começou a acompanhar Miles Davis, a partir de 1981. 

Três discos do trompetista contam com a expressividade e o brilho dos acordes e das notas de Stern: “Man With The Horn” (1981), “We Want Miles” (1982), “Star People” (1983). Os álbuns põem a guitarra em diálogo com um trompete metálico, envenenado.

Além de Miles, Stern trabalhou com uma quantidade impressionante de lendas: Stan Getz, Jaco Pastorius, Eric Johnson, Brecker Brothers, Yellowjackets, dentre outras. Mas já pensou em cantar, Mike? “Eu cantando? Nunca. Só no chuveiro”, respondeu, ao passar pelo Brasil no início dos anos 2000, após ter sido questionado pelo jornalista Edson Franco.  

O show no Bolshoi será uma ótima chance para vê-lo em ação. Afinal, o músico demonstra domínio de escalas e seus improvisos deixam o público hipnotizado. Ao lado de uma banda composta por craques, como é a sua, não tem como dar errado. É sempre inesquecível. 

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