Moda econômica

Ter bom gosto é bom, mas o bom gosto aliado à falta de dinheiro pode virar um tormento na vida das mulheres, já que andar na moda parece requerer compras frequentes nas lojas mais caras da cidade. A boa notícia é que isso não é uma verdade absoluta. É possível sim estar na moda sem comprometer as finanças.

Para isso, é preciso fazer a escolha certa na hora da compra e variar as combinações com roupas que você já tem em casa. Além, é claro, de customizar as peças que perderam a graça, ou saíram de moda.

Milleide Lopes da Silva, 25 anos, estilista e integrante do Casulo Moda Coletiva, recomenda que antes de pensar em andar na moda, as mulheres se empenhem em se conhecer e conhecer o próprio corpo, pois isso faz com que elas consigam criar uma identidade e, consequentemente, um estilo próprio.

A estilista explica que a moda vem para nos auxiliar a ficarmos mais confortáveis e apresentáveis. “Com esse auxílio fora dos modismos de temporada, pode-se aproveitar muitas peças que são atemporais ou de estações antigas que ainda nos servem independente do tempo”, explica ela.

O primeiro conselho de economia que Mileide dá é: fuja das fast fashion, que são as modas relâmpago, pois a peça vai perder o valor de moda muito rápido. “Evite ser conquistada pelos preços de grandes marcas de fast fashion. Pesquise a procedência da sua roupa, busque saber quem fez, de onde vem, etc”.

Mileide explica que a moda deve se ajustar ao seu corpo, e não o contrário, por isso, mais importante do que ter a última tendência de moda em seu guarda-roupas, é vestir aquilo que te faça sentir bem. “Compre o que te veste bem. Que valorize de maneira elegante sua altura, ombros e rosto. A tendência vem para nos auxiliar e ter novas opções de looks para nosso dia-a-dia”, afirma a estilista.

Algumas dicas para ficar na moda sem gastar muito são:

Menos é mais

Investir em peças básicas e atemporais é mais inteligente do que comprar todos os looks de cada estação, que daqui a pouco precisarão ser substituídos por peças novas, já que a moda muda constantemente. Ter poucas peças de qualidade é melhor do que ter um guarda-roupas apinhado de peças de qualidade ruim, que têm menos tempo de vida e não passam uma boa imagem visual.

Brechó é vida

Comprar em brechós e bazares de igreja é uma boa opção para economizar. Mas Mileide alerta para a importância de refinar o olhar para saber escolher algo que realmente vá servir e vestir bem. “E também a peça tem que estar em bom estado, princialmente as de malhas ou de tecido fino tem que estar com pouco tempo de uso. Diga não para acessórios que enferrujam, ou peças com manchas”.

Mais acessórios que roupas

Acessórios são poderosos, pois têm a capacidade de transformar qualquer look. Uma regata preta com um super colar vira uma opção até para eventos noturnos. A mesma roupa pode passar a impressão de ser várias, quando variados os acessórios.

Customize!

Mileide explica que o ato de reciclar uma peça antiga para que ela tenha mais tempo de uso leva a gastar menos e vestir melhor, tendo em vista que se pode customizar e renovar a peça com pouquíssimas coisas. “Usando a camiseta como peça básica, por exemplo, você pode cortar, ou pintar com tinta de tecido, fazer aplicações de bordados, rendas ou miçangas. Uma calça pode virar bermuda. Uma jaqueta jeans pode virar um colete com spikes nos bolsos”.

Caia nas promoções

Claro que não precisa comprar a loja inteira de uma vez só porque ela está na promoção, mas uma peça coringa com um bom preço realmente pode ser encarada como um investimento.