Cultura

O amor punk de Sid e Nancy

Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 21:51 | Atualizado há 4 meses

 Uma das groupies mais famosas de toda a história do rock, Nancy

O que seria do rock sem as groupies? Aquelas moças que ficam no encalço dos caras das bandas. Uma das mais famosas que foi aos limites da loucura do rock foi a jovem americana Nancy Spungen. A garota que morreu aos 20 anos depois de viver toda a inconsequência dos arredores do mundo do estrelato.

Nancy sempre se relacionava com integrantes de bandas famosas, como a galera do Aerosmith Ramones. Ela  estava sempre ao lado de Jerry Nolan, baterista da banda New York Dolls, Nolan dizia utilizar Nancy para comprar drogas e nada mais. Uma garota sem auto-estima com histórico de agressão e tentativas de suicídio, sujeitando-se a ser objetificada no mundo do rock.

A fama de Nancy veio por conta de seu relacionamento com o garoto Sid Vicious integrante da banda inglesa de punk Sex Pistols. Ele era o baixista  que ficou no lugar de Glen Matlock. Na real Sid era lamentável como músico, sequer sabia tocar baixo, mais compensava com atitude e estilo.

A imagem de impacto dos Pistols

Os pistols eram uma sensação criada por um dono de boutique de acessórios voltados para o jovem público rebelde inglês,Malcom McLaren. Um carinha meio sujo de cabelos vermelhos frequentava sua loja, o nome dele era John Joseph Lydon e ele inspirou Malcolm a criar a banda, que no fundo era um tanto quanto uma boy band inventada com fins publicitários. Pra se encaixar melhor na cena Lydon virou Johh Rotten. “Joãozinho Podre” é uma alcunha muito mais punk.

Um dos livros mais reveladores do punk chamado Please Kill Me, conta o impacto que foi o Sex Pistols: “Havia todos aqueles garotos por lá, usando roupas esquisitas e começando a cortar o cabelo daquele jeito espetado esquisito. Uma banda tinha se formado naquela cena, os Sex Pistols. Eles entraram no clube e ficaram fazendo pose, ridículos – como se fossem grandes estrelas. Todos os garotos ficaram parados por lá tipo: “Ooh, são eles, eles são o máximo.” Os Sex Pistols eram o centro total das atenções desse grupo de garotos que incluía Joe Strummer, Mick Jones, Billy Idol, Adam Ant e Siouxsie Sioux. Todos diziam: “Quem me dera ter uma banda.” Então eu disse “Façam uma. Não parece ser muito difícil.” Sabe como é: “Esperto demais pra escola e burro demais pra arranjar um emprego”.

Punk até as últimas

Voltando a personalidade destrutiva de Nancy. Usuária de drogas desde muito jovem Fugiu para Nova York aos 17. Lá começou a vida como prostituta e stripper em bares. Após uma de suas várias tentativas de suicídio, ela se mudou para Londres. Lá no apartamento uma amiga prostituta, Nancy conhece Sid Vicious por intermédio de Johnny Rotten.

Durante a estada na América na companhia de Sid, Nancy Spungen foi morta a facadas no quarto do casal. Ele, o único suspeito, foi preso, pagou 50 mil dólares de fiança, mas não chegou a ser julgado. No dia em que saiu, tomou uma overdose de heroína e morreu. Correm boatos de que ela também poderia ter sido morta por um traficante que frequentava o quarto de hotel dos dois.

O amor pode matar

A trágica história de amor e devoção total até a morte do casal punk deu origem a um filme chamado “Sid e Nancy, o amor mata” dirigido por Alex Cox. O longa é um retrato do lendário Sid Vicious, integrante do Sex Pistols, que tem sua participação menosprezada pelos Pistols, mas teve uma vida mais agitada e fascinante do que todos os integrantes juntos. Sua vida já tumultuada e autodestrutiva, foi potencializada com a chegada de Nancy.

Sinopse: Viciados em heroína e tendo eles um como uma droga do outro, Sid & Nancy são os ícones perfeitos da geração punk da década de 1970. Gary Oldman e Chloe Webb impressionam nos papéis centrais do filme, e nos levam numa alucinante viagem aos becos e porões do movimento punk na Inglaterra. Com Courtney Love como Gretchen. O filme romanceia fatos reais: Sid, em liberdade condicional, quatro meses depois de ter esfaqueado acidentalmente Nancy, morreu de overdose de heroína, em 1979.

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