“O Centro-Oeste está valorizando muito a cultura das festas juninas”, diz Dezinho
Redação DM
Publicado em 9 de julho de 2016 às 02:44 | Atualizado há 9 anosPouco antes do show da banda Falamansa no festival Arraiá do Cerrado, que acontece no Centro Cultural Oscar Niemeyer, o quarteto se reuniu com a imprensa goiana para contar as expectativas da apresentação, o público goiano e a importância de festivais que valorizem a tradição das festas juninas.
Falamansa é uma banda paulista de forró criada em 1998. 17 anos após a sua criação, a banda continua com a formação atual, integrada pelo vocalista Tato, Alemão na zabumba, Dezinho no triângulo e percussão e Valdir no acordeão.
A banda fala que a longevidade do grupo vem do respeito e da união dos integrantes. “Após 17 anos de formação, a gente continua pensando igual. É como uma empresa, se todos têm o mesmo pensamento, com certeza ela irá para frente. Além do mais, o amor e o respeito que temos entre a gente faz com que a gente esteja junto esse tempo todo”, comenta o vocalista do grupo.
O grupo ressalta a importância de eventos como o Arraiá do Cerrado, que valoriza a cultura e a tradição das festas juninas. Eles alegam que muitas cidades do Nordeste têm substituído o tradicional forro-pé-de-serra pelo sertanejo universitário e pelo funk. “Muitos eventos como o Arraiá do Cerrado vem perdendo a tradição cultural dentro da música. Esse que é um evento de grande porte, que junto a outros específicos dessa época do ano no Brasil ainda buscam manter a tradição, principalmente musical, é muito importante. Vemos que isso vem cada vez mais diminuindo nos outros Estados, principalmente no Nordeste”, revelou Dezinho.
“O que toca nas festas juninas é o forro-pé-de-serra, é a sanfona, zabumba o triângulo. Hoje em dia está perdendo espaço para o sertanejo, para o funk. Isso prejudica a identidade cultural de uma determinada época do ano. Não estamos dizendo que não pode ter outros estilos, mas estão trocando a tradição pelo que está tocando nas rádios. Você não acaba com as comidas típicas, as bandeirolas, por que só a musicalidade é afetada?”, questiona Dezinho.
A banda está quase chegando a duas décadas desde a sua criação, e eles já estão preparando novidades aos fãs. “Ainda estamos pensando no que faremos. Estamos pensando bastante, cogitamos algumas possibilidades de poder gravar já no ano que vem para termos tempo para trabalhar mais. A vantagem de estarmos os quatro desde o início é que conseguimos analisar a evolução”, explica Tato.
O quarteto prometeu levar toda a alegria e empolgação das músicas para o palco do Arraiá do Cerrado, tocando os principais sucessos da banda, como Xote dos Milagres, Xote da Alegria, 100 Anos, entre outros, até chegar aos novos sucesso do último disco intitulado ‘Lá da Alma’.