O “mosaico do Jalapão” vai ampliar a conservação da biodiversidade 

A belíssima região do Jalapão, localizada nos estados do Tocantins e da Bahia e inserida no Cerrado, possui as nascentes de três bacias hidrográficas brasileiras: São Francisco, Tocantins e Parnaíba. Trata-se de uma região estratégica para o País, por isso, o reconhecimento de uma região com nove Unidades de Conservação numa área de quase três milhões de hectares, como o Mosaico do Jalapão.

O reconhecimento torna-se oficial com a publicação da Portaria 434 do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que consta do Diário Oficial da União do dia 30 de setembro de 2016. Vale ressaltar que o Mosaico tem como meta ampliar as ações de conservação para além dos limites das Unidade de Conservação que o compõe, de modo a compatibilizar a biodiversidade com a sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável na região, dentro de um modelo de gestão integrada e participativa.

O artesanato e o extrativismo, por exemplo, são atividades que representam alternativas de renda compatíveis com a preservação da biodiversidade e portanto expressam desenvolvimento sustentável para as comunidades locais.

Um Mosaico é constituído de Unidades de Conservação que pertencem a diferentes setores governamentais ou de gestões particulares. No Mosaico do Jalapão três UCs estão sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), duas do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hidrícos da Bahia ( Inema),duas do Instituto Natureza de Tocantins (Naturatins), uma do município de S. Félix do Tocantins e outra sob gestão privada a Reserva Particular do Patrimônio Natural Catedral do Jalapão. Um conselho consultivo, constituído por representantes do poder público, de organização não governamental, de instituição de ensino e pesquisa e por membros da comunidade serão os responsáveis pela integração entre todas as Unidades de Conservação. Mesmo protegidas as UCs sofrem pressão do agronegócio e ecoturismo. Com a criação do Mosaico a proteção será fortalecida.

A grande mobilização para o reconhecimento do Mosaico, além do envolvimento do Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, Orgãos Estaduais e Integrantes do Projeto Jalapão, contou também com a parceria da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).