O nobre e elegante serviço do vinho
Redação DM
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 01:00 | Atualizado há 5 meses
Pessoas de gosto refinado apreciam o bom vinho, e, muitas vezes, esquecem-se dos cuidados necessários para delegar um ótimo serviço quando o assunto é prazer com elegância, e, claro, o sabor único e impecável. Uma vez escolhido o rótulo a abrir, quer seja um vinho modesto com toque de destaque ou ainda a garrafa nobre e disputada, deve-se dispor de saca-rolhas eficaz, verificar se a bebida está na temperatura adequada, e, quando servir, fazê-lo enquanto cerimonial dispensado, claro, numa excelente taça. É bom ficar atento se o vinho é de qualidade, pois quando servido em circunstâncias mais solenes, o respeito a algumas regras aumenta em muito o prazer da degustação.
A técnica que aprimora o serviço do vinho está relacionada a seu armazenamento, e quem coleciona excelentes vinhos, de safra, que trate de dar um tempo a ele na adega. Mesmo um vinho jovem jamais deve ser retirado da garrafa, diretamente da sacola de compras, e ser servido imediatamente. Deixe o líquido dos deuses descansar, em temperatura ambiente, por um tempo e atente-se para um fator importante: os vinhos de guarda não apreciam o transporte, restabelecendo o equilíbrio e caráter somente após um período de repouso, de preferência, em lugar arejado, fresco e na penumbra. Com relação aos vinhos finos, com características que facilitam o desenvolvimento de resíduos, a estabilidade é fator essencial. Antes de abrir a garrafa, coloque-a na posição vertical, durante dois dias, assim, os resíduos permanecerão no fundo do recipiente e resguardarão a preciosidade do sabor.
Antes de servir o vinho, a primeira coisa a considerar é a temperatura. Esteja certo do horário da refeição, avalie corretamente qual o tempo necessário para que a garrafa resfrie ou impregne com a temperatura local. Em seguida, verifique a qualidade, o formato e agilize a limpeza das taças. Se utilizar o decantador para servir as doses, verifique se está realmente bem limpo e livre de odores que frequentemente persistem. Outro fator importante apontado é que nunca se deve olvidar de colocar-se à mesa um copo de água para cada convidado, assim como algumas garrafas de água mineral fresca.
Temperatura
Você sabia que a qualidade do vinho sofre mais com o calor do que com o frio? O néctar nobre extraído da uva, servido fresco, reaquece rapidamente, seja pelo calor do ambiente ou na energia deliberada das mãos. O vinho servido em temperatura muito elevada, dificilmente refresca e o prazer em degustá-lo pode perder em sabor e prazer.
Como regra geral o vinho branco, em suas mais diversas variedades, deve ser servido em temperatura mais fresca que aquela quando se lida com o tinto claro. O vinho branco deve ser servido na temperatura do refrigerador, ou seja, entre 18 e 20 graus Celsius. Servir o Grand Cru – que no Brasil tem foco nos rótulos argentinos – de vinho branco muito fresco é um erro, pois o que o torna interessante, tanto no olfato como na questão do paladar, poderá revelar-se quando estes estiverem um tanto quanto menos frescos. O vinho tinto, se não em todas suas variedades, deve ser servido a alguns graus abaixo da temperatura ambiente.
E qual a influência da temperatura no gosto do vinho? O calor permite que os componentes aromáticos se tornem voláteis. Essenciais, os aromas variam, de um vinho para outro, portanto, cada um deles dá o melhor de si quando submetidos a temperaturas diferenciadas.
Em hipótese alguma, e, em nome do deus Baco, jamais deixe uma garrafa de vinho na geladeira, sobretudo se for um reconhecido rótulo, por um período que exceda a mais de 24 até 48 horas, com certeza, e, pecado, sua essência poderá ser alterada. Acessório essencial, o balde com gelo é o meio mais rápido para refrescar o vinho. É essencial juntar-se aí a água limpa e mineral, deixada no recipiente por 10 a 15 minutos. Na geladeira, a preciosidade levará até duas horas para alcançar a temperatura adequada.
Abertura da garrafa
Quase todas as garrafas de vinho possuem uma rolha, exceto aquelas que resguardam a classe dos vinhos ordinários, fechadas, às vezes, com uma simples proteção ou tampa de plástico. Há ainda aqueles tidos ou classificados enquanto vinhos jovens, destinados ao consumo imediato dispostos no mercado com tampas de rosca em alumínio. A rolha cortiça é considerada a melhor e com melhor eficácia entre todas, embora seja mais cara e também frágil que aquelas dispostas em material sintético.
A cortiça provém da casca do sobreiro, uma árvore que cresce da Bacia do Mediterrâneo, no histórico e bucólico país de Portugal. A grande longevidade, não a deixa ser afetada pelas mudanças climáticas, mas mesmo assim, ela pode ser desgastada e estragar pelo tempo seco, quando uma garrafa permanece, em pé, ao invés de colocada apropriadamente na posição horizontal ou “deitada”. As rolhas são esterilizadas o que não impede, no entanto, de, às vezes, os bolores se desenvolverem, dando origem à expressão “bouchonné”, ou gosto desagradável, transmitido ao vinho.
Alguns sommeliers cortam apenas uma parte da cápsula, outros, assim como eu, preferem retirá-la inteiramente. Depois de extraída a rolha, aperte-a para verificar sua elasticidade e cheire, cerificando-se que ela exala o mesmo o odor do vinho.
Tanto o champanhe como os demais espumantes devem ser servidos frescos. São mais agradáveis ao paladar e menos melindrosos ao abrir. Quando for retirar a garrafa do espumante do balde, enxugue-a para evitar qualquer incidente no momento da abertura, evite sacudir a garrafa e jamais a dirija na direção das pessoas, distorcendo delicadamente o lacre. Mantenha o polegar sobre a rolha. Segure-a com uma das mãos e gire, suavemente, a garrafa empurrando a rolha, com cuidado, quando esta começar a subir o gargalo.
Taças
O gosto do vinho torna-se diferente, e bem melhor, quando se delicia num recipiente apropriado. A borda da taça deve curvar-se para dentro, a fim de captar os aromas do vinho e canalizá-los ao nariz. É preciso que a haste seja suficiente longa para que se possa segurá-la sem que os dedos a toquem. A taça, dispensada em vinho branco, fresco, aquece muito depressa em contato com as mãos.
Pelo amor de Deus, jamais beba vinho em copo de requeijão, americano ou naquelas taças coloridas, pesadas, afinal elas impedem que se admire sua cor mágica. O material ideal para tanto é feito de cristal fino, capaz de propiciar uma claridade perfeita, favorecida por pela fina espessura o que permite enxergar, sem nenhuma deformação, a magia líquida e saborosa que você carrega nas mãos. Depois destas dicas é só brindar ao momento, e, após algumas palavras ditas com um toque de carinho e felicidade, encostarem-se as taças, olhar-se nos olhos e fazer um brinde à saúde com prosperidade e amor, enfim, um voto de êxito e simplesmente celebrar a vida, assim como o vinho, presente dos deuses. Tim-tim!
Caçarolas da semana
Restaurante Popular
Não é a melhor refeição que já fiz, mas para o que se propõe o restaurante, oferece gastronomia de qualidade a preço baixo. O ambiente é simples, pouco confortável, escuro e pouco ventilado, mas a comida é honesta, boa e compensa o desconforto.
Empório Enkai
O restaurante possui uma infraestrutura simples e espaço pequeno. Dentre todos os outros restaurantes da cidade que querem te levar ao Japão com muito luxo e adorno, esse lugar consegue o mesmo efeito justamente por propor o contrário! Você vai se sentir dentro de uma daquelas apertadas casas de sushi dentro de uma pequena mercearia, simplesmente fantástico! A comida é um capricho à parte e traz tantos os elementos tradicionais quanto a fusion com a cultura brasileira!!! Volto sempre! Avenida Castelo Branco, 726 | quase esquina com A.
Viela Gastronomia
O ambiente é bonito, claro e aconchegante. O atendimento é ótimo e a comida é ótima. Fui experimentar o almoço executivo e pedi de entrada a salada caesar com maionese de abacate, falafel de feijão fradinho e bolinho de arroz com aioli. Prato principal foi o Pirarucu Tana Thai com abóbora assada e farofa de maracujá. Para finalizar, palitos de churros com doce de leite e ganache de chocolate e bolo molhado de chocolate com calda de anglaise. O único problema é que fica numa viela, que tem mão dupla e é muito difícil de estacionar. Ah, é bom reservar antes. Amei este restaurante! Gastronomia bem executada e o projeto da casa é incrível! Rua 136-D.
Le Marche Gourmet
É um ótimo espaço gastronômico. O cardápio varia todos os dias, oferecendo pratos individuais de carne, peixe, frango e camarão. O restaurante é pequeno e bem decorado. Ideal para uma ocasião especial, pois é super tranquilo, com música ambiente suave. Pratos muito gostosos e visualmente perfeitos. O bem casado é uma loucura de tão bom!! Rua 146, Goiânia, Goiás.
Nubah Restaurante Spirited Bar
O restaurante tem um ambiente bem decorado, atendimento bom, os petiscos estavam ótimos. Tem manobrista na porta. Tem um telão com bons clips, música boa. O Nubah é uma opção diferente no Marista. Funciona no almoço com o sistema por quilo e à noite a la carte. Tem happy hour de terça a sexta, das 18h às 20h, por R$ 49 por pessoa com petiscos e cerveja Estrella Galícia à vontade. O ambiente é gostoso, tem uma parte ao ar livre e outra com ar-condicionado e o atendimento é razoável. Como o chef é francês, tem várias opções, como filé au poivre e steak tartare, entre outros. Vale a pena conhecer. Gostei muito! Alameda Dom Emanuel | esquina com a Rua 1131.