Cultura

Os riscos da autodepilação com cera quente

Redação DM

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 22:43 | Atualizado há 10 anos

A depilação frequente se tornou indispensável para a maioria das mulheres. Seja no rosto, nas axilas, pernas ou virilha, em nenhuma parte do corpo feminino os pelos são bem-vindos. Para a eliminação dos indesejáveis cabelinhos, muitas mulheres se arriscam na depilação caseira com cera quente, mas depilar sozinha pode ser um perigo. Segundo Fernanda Ribeiro, especialista na área, o uso de cera quente por pessoas sem especialização pode provocar lesões por causa da alta temperatura ou do atrito da cera com a pele.

“Em busca de uma cera mais maleável, mais fácil de aplicar, as pessoas a esquentam ao mais elevado grau possível. O problema  é que, em casa, não há como saber se a temperatura está adequada para o tipo de cera que será usada e para a área que será aplicada. Se estiver muito quente, além do necessário, ao aplicar na pele, a pessoa pode sofrer sérias queimaduras”, afirma Fernanda Ribeiro, também especialista no assunto.

Outro risco é em relação ao manuseio da cera e o material usado. “Existe uma maneira correta e um limite para a quantidade de ‘puxadas’, e a cera também deve ser de qualidade. Estes cuidados são necessários para evitar traumas na pele, a quebra dos pelos – que podem ficar encravados, e problemas mais sérios como a retirada da camada superficial da pele, rachaduras e hematomas. Por isso, a melhor maneira de se depilar com cera quente é em locais com profissionais especializadas e que usem material 100% descartável”, explica.

 

Autodepilação:uma economia que não compensa

Audrey Ludgero Dal Rovere da Silva, 28 anos, sempre se depilou com profissionais, mas, por falta de tempo e dinheiro, se arriscou na autodepilação e foi vítima de um acidente. “Comprei a cera em um supermercado e a coloquei para esquentar no micro-ondas. Depois de quente, mexi a cera e peguei uma quantidade com uma espátula, mas quando a cera entrou em contato com minha pele senti a pior dor da minha vida!”, afirmou.

A cera quente causou uma queimadura que deixou a pele de Audrey em carne viva, formaram-se bolhas e ferimentos profundos. Após o acidente, foi preciso fazer um longo e caro tratamento com pomadas e remédios orais para alívio da dor e cicatrização das feridas. “Já se passaram oito meses e ainda tenho grandes hematomas na perna. Depois disso, traumatizei e nunca mais depilei sozinha. Voltei a fazer com profissionais”, ressalta.

Segundo Fernanda Ribeiro, a falta de prática é uma das principais contraindicações da depilação caseira. “O mais importante é entender que, assim como outros cuidados estéticos, a depilação é um trabalho para profissionais e o risco de acontecer um machucado mais sério por pessoas que não sabem lidar com o material é grande”, reforça.

 

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