Rock in Rio traz grandes nomes e novas promessas para a Eletrônica
Redação
Publicado em 5 de abril de 2017 às 03:00 | Atualizado há 8 anos
Durante sete dias, dezenas de artistas se apresentarão na Eletrônica nesta edição do Rock in Rio. House, techno, hip hop, brazilian bass, deep house e chill out são alguns dos estilos que serão ouvidos. O festival é reconhecido por ser um celeiro de grandes talentos — David Guetta Calvin Harris, Deadmau 5, Major Lazer e Jamie XX foram alguns dos DJs dos setlists do Rock in Rio. Entre os que tocaram nas edições brasileiras do festival, Steve Aoki, Boyz Noize, Masters at Work e Guy Gerber são outros exemplos de DJs que se destacaram no mercado após tocarem no Rock in Rio.
Outra característica marcante da Eletrônica é a mistura de estilos, de artistas clássicos com novatos, revelando-se uma excelente oportunidade para descobrir o que vem pela frente e desfrutar do melhor da cena eletrônica atual. Com a nova configuração da Cidade do Rock, o espaço será maior e os DJs poderão levar suas bandas, tornando a experiência com a música eletrônica ainda mais envolvente e transformadora.
Entre os destaques do palco, The Black Madonna, do alto dos seus quase 40 anos, fecha a primeira noite Rock in Rio, no dia 15 de setembro. A vencedora do prêmio DJ do ano, em 2016, pela Mixmag, a maior e mais importante mídia mundial de música eletrônica, e artista do ano pela thump, a DJ de Chicago é uma expoente feminista e o melhor ícone do movimento gay no meio. Seu trabalho mistura techno, disco e house de forma elegante e a veterana DJ defende que faz música para todos, incluindo as mães que amamentam seus filhos, que, segundo ela, devem viver, sim, a experiência da cena eletrônica.
No dia 16, a noite terá, entre outros ritmos, o hip hop. A Eletrônica traz o maior nome do estilo norte-americano para o Palco Eletrônica: The Grandmaster Flash. O DJ, cujo verdadeiro nome é Joseph Saddler, foi um dos pioneiros da cena hip hop em Nova York e é citado, inclusive, na série “The Get Down”, da Netflix, onde mostra uma de suas criações, copiada mundo afora: a técnica do scratch, movimento que os DJs fazem nos discos de vinil, causando aquele som característico. The Grandmaster Flash foi o primeiro DJ de hip hop a ser indicado ao Rock’n’Roll Hall of Fame, em 2007 e sua música “The Message”, lançada em 1982, já foi baixada mais de 5,6 milhões de vezes no Spotify. Nascido em Barbados, o DJ instalou-se no Bronx e de lá testemunhou a mudança da música negra estadunidense ao longo dos anos 1970. O seu grupo Grandmaster Flash and the Furious Five criou os termos hip hop e MC, confirmando seu poder inovador de mudar todo o cenário eletrônico mundial. Aos 59 anos, The Grandmaster acumula 11 álbuns e nove singles ao longo dos seus 38 anos de carreira.
Com a fama de destruir com seu som as lâmpadas dos clubes noturnos por onde passa, o DJ americano William Bensussen ganhou e adotou o nome de The Gaslamp Killer. Ele é uma das atrações do dia 16 e sua experiência em festivais vem desde 1999, com uma sonoridade que assemelha mais à linha psicodélica e de underground hip hop.
Uma das grandes promessas do Palco Eletrônica nesta edição é o show do produtor Lucien Nicolet, conhecido por Luciano, nascido na Suíça e criado no Chile. O DJ número um de Ibiza e um dos maiores do mundo será o headliner do dia 17.
A dupla de Berlin, Andhim, na estrada desde 2010, tem uma produção extensa, com diversos lançamentos ao longo de cada ano, incluindo álbuns, remixes e vídeos. Eles, que se apresentam no Brasil pela primeira vez, também tocam na noite do dia 17, trazendo seus hits que já foram #1 em seu país.
Na semana seguinte, o DJ Rob Garza fecha a noite do dia 21 em performance solo. Famoso por ter criado a banda de DJs Thievery Corporation, em 1995, Garza tem forte influência da música brasileira, especificamente a bossa-nova. O primeiro disco do grupo, de 1997, foi dedicado a Tom Jobim e, ao longo da carreira, fizeram releituras de obras de Sérgio Mendes e Luiz Bonfá. A dupla lançou em 2014 o disco Saudade, com várias cantoras, tentando reproduzir o som da canção pós-Bossa Nova dos anos 1960. Como artista solo, Deep House e Nu-Disco são alguns dos estilos que Garza promete tocar no Rock in Rio. O DJ viaja o mundo todo e joga em suas músicas as influências da cena dance de cada lugar que visita.
Mais cedo, também no dia 21, se apresenta o Nightmares On Wax, grupo inglês surgido em Oxford, em 1988. O grupo teve papel importante na virada dos anos 1980/90, quando a cena de música eletrônica britânica começou a se desenvolver a partir das raves. Formado por produtores, DJs e sampleadores, os rapazes se aventuraram nos subgêneros Big Beat, Ambient Dub, Trip Hop, IDM e Techno. Donos de uma carreira extensa, seu primeiro lançamento, Word Of Science, de 1991, e o álbum Carboot Soul, de 1999, são seus pontos altos.
E, pela primeira vez na história do Rock in Rio, esta edição traz uma dobradinha de Palcos. A banda inglesa SG Lewis, de soul eletrônico com elementos da música negra, como o jazz, o hip hop e o blues, abre o Palco Sunset no dia 15, e, no dia 21, será uma das atrações da Eletrônica. Esta é uma grande aposta do festival em lançar um nome internacional que vem ganhando cada vez mais espaço na cena musical. SG Lewis terá um convidado ainda a ser apresentado.
Entre os brasileiros, há outras 20 atrações nos sete dias da Eletrônica. São DJs consagrados e responsáveis pelas festas mais animadas do Rio e de São Paulo. Podemos destacar a apresentação dos DJs Mau Mau e Marky, ambos lendas no Brasil e que se juntam para um show B2B–Back to Back–exclusivo para o festival no dia 16, dedicado ao hip hop. No dia 22, acontece a estreia do Projeto Manimal, dos DJs Julio Lima e Julio Torres, consagrados no País. No dia seguinte, uma das promessas da cena eletrônica é o DJ Bruno Martini, que acabou de assinar contrato com a gravadora Universal. “Junto com o Illusionize, que toca no mesmo dia, estes brasileiros são grandes apostas que, em breve, terão visibilidade equivalente à de nomes importantes como Vintage Culture e Alok”, revela Marangas.