Rolling Stones: será que veremos eles novamente?

Um show impecável. É o que fez os Rolling Stones neste sábado, 21. A equipe de reportagem do Diário da Manhã acompanhou o espetáculo com a certeza de que as pedras rolam mesmo após os 70 anos.

Nem mesmo a chuva atrapalhou o último espetáculo de São Paulo (agora a banda encerra as apresentações em Porto Alegre, com todos ingressos esgotados).

O show não começou com “Start Me Up”, ao contrário das outras apresentações. Esta canção, na verdade, foi inserida no meio do show, marcado por uma parada das vocalizações de Mick Jagger, que abriu espaço para a cantoria de Keith Richards.

Durante o espetáculo do Morumbi, 65 mil pessoas testemunharam os riffs mais populares da história do rock, com as pegadas shuffles mais conhecidas da cultura pop.

O grupo desfilou hits: “Start me up”, “Miss you”, “Satisfaction”, “She’s a rainbow” e “All down the line”, dentre outros.

A guitarra de Richards continua perigosa nos tempos, mostrando uma palhetada continua e forte. Os acordes de sétima menor estão matadores e mais bluesy do que nunca.

O destaque musical é a presença marcante da voz e a dinâmica da banda, que ainda parece um grupo de blues em vez de uma superbanda para as massas.

Mick Jagger tocou gaita, Richards desfilou solos nas pentatônicas e Ron Wood injetou uivos na guitarra com os slides.

Show impecável em cada detalhe: apresentação, iluminação, segurança – é verdade, teve uma tentativa de furto, mas o suspeito foi detido.

Durante o último espetáculo em São Paulo, Jagger falou que estava “ruim”, pois comeu coxinha demais – algo que deve ter aprendido com o filho que teve com a modelo e apresentadora Luciana Gimenez,

Falou muitos palavrões, de fato, alguns até mesmo sem pertinência para o local.

Mas a pergunta que fica é: será quando teremos novamente a banda por aqui? O público sentia que estava se despedindo, por questões óbvias, de uma das maiores bandas da história. Faça as contas e verá que eles são os músicos mais velhos da atualidade. Mas não se engane: os stones parecem vampiros.  Daí que podem ser mesmo imortais, como sugerem algumas canções.

Que o diga as interpretações viscerais de cada um e os músicos de apoio. Uma a uma, as canções foram apresentadas como petardos destruidores que só comprovaram o que disse Jagger no show: “Nós vamos quebrar tudo!”.

Por isso que ficará marcado para sempre a poderosa linha de baixo de “I Miss You”, o riff tribal em si maior de “Satisfaction” e a batida 4/4 de “Paint in Black”. A história mais uma vez se fez presente em um show dos ingleses. Quem viu, viu…