Simplesmente Nara
Redação DM
Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 22:25 | Atualizado há 7 meses
Doçura, discrição e suavidade eram aliados a uma firmeza e afinação admiráveis. Assim era Nara Leão, que no dia hoje nascia em Vitória (ES), para se tornar um dos maiores nomes da MPB.Apesar de capixaba, esta cantora, que nasceu há exatamente 74 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, quando tinha 1 ano de vida, com os pais. Foi na “Cidade Maravilhosa”, que se tornou conhecida e foi lá também onde também começou a ter o primeiro contato com a música. E, o início de sua formação musical aconteceu em aulas de violão, quando ainda era criança.
Em busca de aprofundar seus conhecimento no instrumento, estudou na academia de que funcionava em um “quarto-sala”, em Copacabana. Deste local, Nara, mais tarde, se tornou professora e com os donos da escola que surgiu suas primeira parcerias musicais.A primeira vez nos palcos foi no final de 1959, e Nara época em que já mostrava afinidade com a bossa nova. No show chamado Segundo Comando da Operação Bossa Nova, ela interpretou “Se É Tarde Me Perdoa” e “Fim de Noite”. No ano seguinte, sua carreira começou a decolar. No entanto, foi no em 1963, no musical Pobre Menina Rica, com Carlos Lira e Vinícius de Moraes, que marcou a sua estreia como cantora profissional.
No emblemático ano de 1964, em pleno começo da ditadura, foi quando a artista lançou seu primeiro disco, que trazia o nome de e, logo ficou claro para o Brasil que ali nascia uma artista completa. Engajada, seu nome era constantemente ligado à movimentos sociais que lutavam contra a repressão.
A década de 60, foi agitada para ela, já que seu disco Opinião, inspirou um musical homônimo e ela atuou e apresentou o programa Pra Ver A Banda Passar, na Record, ao lado de Chico Buarque. Já, em 66 começou a namorar o diretor de cinema Cacá Diegues, que se tornaria seu marido e o pai de seus dois filhos: Isabel e Francisco.
Ao final da década, se envolveu com os tropicalistas, tendo inclusive participado do disco coletivo Tropicalia ou Panis et Circenses. No final de 69, ela e Cacá se juntaram ao time de artistas que deixaram o Brasil, sob o domínio da ditadura, e foram morar na Europa. Mas, mesmo vivendo em Paris, deu continuidade à carreira.
Quando retornou ao Brasil, Nara terminou o segundo grau em 1973, já que se afastou dos bancos escolares nos anos 50 para se dedicar à carreira artística. Em seguida, ingressou no curso de psicologia da PUC do Rio. E, esta década também foi marcada pelo divorcio com Cacá e a conquista do prêmio de melhor cantora da Associação dos Críticos de Arte de São Paulo.
No final de 70, ela também descobriu que estava doente (Nara tinha um tumor que não podia ser operado no cérebro), o que fez com que se afastasse dos shows na primeira parte dos anos 80.Mas, ela voltou aos palcos em 1985 e ainda partiu para turnê em Portugal, Paris e Japão. Contudo, quando voltou ao Brasil, sua saúde começou a piorar, mas mesmo assim, a artista encarou os estúdios para a gravação do último álbum My Foolish (1989), que traz versões de músicas norte-americanas.
Pouco depois de fazer o disco, em 7 de junho, Nara Leão morreu na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. Mas, ela deixou para a humanidade seu timbre doce está eternizado em mais de 20 discos. Deu voz ainda a compositores como: Tom Jobim, Newton Mendonça, Vinicius de Moraes, Carlos Lyra, Johnny Alf e Baden Powell. Também ajudou outros nome a sair do anonimato, como o Fagner, por exemplo.
Uma de suas maiores parcerias mais consagradas foi com Chico Buarque. E, uma das canções mais lendárias que interpretou com o músico e compositor foi A Banda. A faixa dividiu o prêmio com a música Disparada e interpretada por
Nara deixou para humanidade mais de 20 discos onde flertou um diversos estilos