Cultura

Surrealismo fantástico: Joan Miró

Diário da Manhã

Publicado em 19 de abril de 2015 às 22:49 | Atualizado há 4 meses

O artista Joan Miró nasceu na cidade de Barcelona, no dia 20 de abril de 1893. Ele é considerado um dos expoentes do surrealismo espanhol, tendo expressado sua arte através de pinturas, esculturas, gravuras e cerâmicas. Ele ganhou visibilidade no ano de 1919, quando esteve em Paris, período que conviveu com Pablo Picasso, e a explosão de novos estilos que rondavam a cidade, como o fauvismo e o dadaísmo.

O estilo de Miró se destacava principalmente por não ter a profundidade psicanalítica que tinham outros artistas do gênero. Os quadros do artista eram considerados minimalistas quando comparados a surrealistas contemporâneos como André Breton, um dos fundadores da vertente, com quem Joan Miró pode conviver na década de 1920. O foco do artista era na fantasia, como demonstram seus quadros Maternidade, de 1924, e Carnaval de Arlequim, de 1925.

A partir do contato inicial com as artes de vanguarda, Joan Miró continuou a desenvolver seu estilo, tornando sua arte algo que corre juto com as décadas, nunca se tornando estática. Em passagem pela Holanda, no ano de 1928, visitou vários museus para contemplar pinturas do século XVII, pelas quais era fascinado. As minúcias e os detalhes presentes nas obras fizeram renascer elementos simbólicos e figurativos em meio a sua arte surrealista. Nesse período, ele pintou os quadros Interiores Holandeses I e II.

A obra mais conhecida e prestigiada de Joan Miró, porém, só veio no ano de 1941, quando ele pintou Números e constelações em amor com uma mulher. Alguns anos depois, passou a dedicar-se à escultura e à cerâmica. Seus materiais de uso artístico eram muitas vezes coisas reaproveitadas e sucata.

 

Curiosidades

Apesar de pertencer a uma família rica, Joan Miró não aceitava que seus pais o sustentassem. Certa vez, chegou a entrar em estado alucinatório causado por falta de alimentação, em períodos mais difíceis, quando ele ainda não era um artista de reconhecimento. Segundo relato do próprio Miró, o trabalho exaustivo o levava a confusão. “na época, só tinha dinheiro para uma refeição por semana. Chegava em casa faminto e começava a olhar para as paredes. Desenhava até desmaiar”.

Segundo Desmond Morris, pintor contemporâneo a Miró, o pintor tinha um grande entusiasmo por figuras da natureza. Quando os dois estiveram em um passeio pelo zoológico, em uma temporada de exposição conjunta, o comportamento do artista e a reação dele perante aos animais foi um dos comportamentos que mais o chamou a atenção. “os seus olhos eram como os de uma criança que vê uma coisa que a entusiasma”.

 

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