Cultura

Terror e suspense no Espaço Culturama

Redação

Publicado em 16 de abril de 2015 às 01:47 | Atualizado há 4 meses

Leon Carelli,Da Editoria DMRevista

A programação para essa quinta-feira no Cine Clube Culturama põe em destaque o filme Suspiria, do diretor italiano Dario Argento, lançado em 1977. A exibição do filme integra a primeira rodade do ciclo de filmes comentados, que tem como tema a diversidade de olhares sobre a violência. A coordenação do evento é do crítico de cinema Fabrício Cordeiro e do pesquisador e crítico de cinema e cultura visual Marcelo Ribeiro.

Dario Argento é conhecido como um dos cineastas mais inovadores a tratar o terror moderno. O diretor faz sucesso principalmente entre os jovens admiradores de cinema. Para o cinéfilo Lucas Manoel, o que faz a diferença no cinema de Argento é a sensibilidade. “Assistir a um filme de Argento é mais do que simplesmente ver um horror, é ir de encontro com os próprios medos, é ser conduzido de forma ímpar e brilhante, pelos desígnios mais assombrosos do ser humano”, afirma.

Suspiria, um dos mais reconhecidos filmes do diretor, traz a história de Suzy (Jessica Harper), estudante norte-americana que vai para a Europa no intuito de estudar balé. Ao chegar lá ela se depara com um estranho ambiente, que a leva a estranhas viagens assombrosas. A estética do filme também é algo que chama muita atenção. As cores experimentadas por Argento com técnicas inovadoras de iluminação conduzem um clima de suspense jamais visto em obras do gênero.

É esse espanto causado pelas cores de Argento, inclusive, um dos pontos que mais chama a atenção de quem assiste a obra, como relata Luci San do fórum virtual de cinema Filmow: “A história fica em segundo plano diante ao jogo de luzes coloridas (ousadia do mestre Argento, já que de forma costumeira filmes de terror tem tons mais sóbrios) e psicodélicas, tornando assim o filme um verdadeiro quadro em movimento.”

Ao contrário dos filmes de terror que costumamos assistir na TV e no cinema comercial que buscam o susto e o pavor visual, Suspiria busca uma empatia mais mental com o espectador. O crítico Neto Ribeiro analisa a experiência: “É algo inconfundível e que todo bom fã de terror deve passar. O filme é daqueles que te deixa pensando durante alguns dias. Algumas cenas são bastante perturbadoras e é até possível levar alguns sustos.”

O filme será exibido com entrada franca no Espaço Culturama, e conta com os comentários de Daniel Cristhino e Rafael Parrode. As sessões da mostra “Olhares sobre a violência” serão realizadas nas noites de quinta-feira, sendo as próximas exibições previstas os filmes Funny Games, de Michael Haneke, Mad Max II: A caçada continua, de George Miler, e A imagem que falta, de Rithy Panh.

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