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Vinillândia leva discófilos ao Martim Cererê no fim de semana

Evento reúne lojistas, sebos e colecionadores para venda, compra e troca de discos. Entenda como foi a volta do disco à cena

Iniciativa se tornou um dos principais eventos de vinil que ocorrem em Goiânia - Foto: Divulgação Iniciativa se tornou um dos principais eventos de vinil que ocorrem em Goiânia - Foto: Divulgação

Os discos de vinil estão a mil por hora. No Brasil, as receitas com vendas de LPs cresceram 136% em 2023 e superaram o faturamento de CDs e DVDs musicais pela primeira vez, segundo relatório da Pró-Música, entidade que reúne as maiores gravadoras do país.

É nesse embalo que o Martim Cererê recebe, amanhã, mais uma edição da Vinillândia – Feira Nacional de Discos de Vinil, às 14h. A feira irá reunir lojistas, sebos e colecionadores para venda, compra e troca de discos durante toda a tarde e início da noite.

Dentre os expositores, estarão nomes conhecidos, como a Monstro Discos, Fadiga Discos, Johnny Records, Bacurau Discos, Lado A, Prisma Records, Discos e Afins e Oliveira´s Livraria. DJs Giras, Mark James, Sabará e o coletivo Odara botam a música.

Surgida em março de 2022, a feira se tornou um dos principais eventos de vinil da cidade. Acontece sempre duas vezes por ano e costuma atrair amantes dos bolachões não só de Goiânia, mas também do interior do estado. É também um retrato do mercado discográfico.

Os LPs apareceram em 48. Imediatamente, representaram um avanço sem precedentes para a indústria da música. Permitiam maior tempo de gravação e qualidade sonora superior, tornando-se em pouco tempo a principal mídia para a reprodutibilidade musical.

Embora represente inovação tecnológica, o vinil vai além. Com os discos – e graças aos Beatles, aos Rolling Stones, ao Pink Floyd, dentre outras bandas –, difundiu-se o conceito de álbum como um objeto artístico. Não só a música ali era a arte, mas também o acabamento gráfico, a tipografia, o encarte. Artistas criaram obras baseadas nesses parâmetros.

A partir dos anos 90, entretanto, a massificação do CD jogou o bom e velho LP para escanteio. E o CD, por sua vez, perdeu terreno com a expansão do MPB, nos anos 2000. Hoje em dia, o mercado – indiscutivelmente – é dominado pelas plataformas de streaming, mas o vinil, ao contrário do que se imaginava na década de 90, não saiu de cena.

Ao contrário, os discos de vinil voltaram a ganhar força entre os apaixonados por música. Em 2023, relatórios apontaram que o faturamento com vendas de discos de vinil superou a marca de R$ 11 milhões, enquanto a de CDs foi de R$ 5 milhões. Ou seja, uma cifra altíssima.

Outro dado recente que comprova essa volta foi o relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação que revelou que, somente em 2022, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de R$ 6 milhões. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD.

Neste sábado, com mais uma edição da Vinillândia, Goiânia poderá comprovar esse aumento real na consumo dos bolachões. A expectativa dos expositores é de grandes vendas, principalmente de discos usados, e também lançamentos, uma vez que até artistas das novas gerações como Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Harry Styles e Billie Elish também adotaram o formato, conquistando os mais jovens.

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