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Especialista alerta para o risco de se contrair conjuntivites durante o verão

Nas estações mais quentes do ano, a probabilidade de se contrair conjuntivites aumenta devido à frequência de pessoas em locais como piscinas, mares, lagos e rios, contaminados por agentes infecciosos como vírus, bactérias e amebas. De acordo com o médico Roberto Limongi, os sintomas das conjuntivites – infecciosas ou alérgicas – são olho vermelho, sensação de areia nos olhos e incômodo com a claridade (fotofobia).

“Isso ocorre, porque o calor aumenta a evaporação da lágrima, deixando-a mais viscosa, o que facilita a contaminação do olho por bactérias ou vírus”, diz o especialista, que alerta: “Usuários de lentes de contato devem ter uma atenção especial às piscinas, pois águas paradas normalmente contêm um tipo de ameba que pode provocar infecções graves, com risco de perda de visão nesses pacientes. Agentes químicos, como o cloro e outros usados para limpeza das piscinas, também podem irritar os olhos”.

Outra irritação comum dos olhos, durante o verão, ocorre pelo contato com protetor solar. Em decorrência disso, dr. Limongi recomenda: “Orientamos o uso deste apenas na testa e na pálpebra inferior, evitando o uso na pálpebra superior para que o protetor não escorra para os olhos”.

Sol X olhos

De acordo com o médico, o sol também pode ser prejudicial aos olhos, pois seus raios são do tipo ultravioleta, radiação eletromagnética prejudicial ao ser humano. “Os raios ultravioletas do sol são divididos em UVA e UVB, e estão presentes durante o ano inteiro – não somente no verão –, por isso a proteção deve ser feita em todas as estações”, explica o médico, que esclarece: “Os raios solares em excesso podem causar lesões na córnea (se compararmos o olho com um relógio, a córnea seria a parte anterior transparente do olho, assim como o vidro de um relógio) denominadas ceratites actínicas. Nestas, o paciente tem um enorme desconforto ocular e visão borrada. Se uma pessoa olhar diretamente para o sol, sem o uso de óculos escuros e por muito tempo, os raios solares podem atingir a retina (parte posterior do olho) e provocar danos irreversíveis para a visão”.

Prevenção

Para que as pessoas não sejam acometidas por alguma lesão ou irritação ocular, principalmente durante o verão, dr. Limongi dá as dicas: “Usar óculos com protetor contra raios UV-A e UV-B – esses óculos vêm, normalmente, com uma etiqueta que comprova este tipo de proteção quando comprados em óticas; evitar a compra de óculos escuros em camelôs; o protetor solar deve ser usado apenas na testa e na pálpebra inferior, evitando o uso na pálpebra superior para que o protetor não escorra para os olhos; usar lubrificantes oculares para se evitar o olho seco”.

Efeitos cumulativos

Ainda sobre os efeitos nocivos do sol para os olhos, dr. Limongi enfatiza que, além das lesões agudas, é importante saber sobre os efeitos a longo prazo que os raios solares nocivos podem causar. “Dentre esses efeitos nocivos, podemos citar: pterígio, uma película que recobre os olhos que pode até limitar a visão; catarata, que é a opacificação da lente natural do olho, o cristalino (nesta, a pessoa tem uma perda progressiva da visão); degeneração macular relacionada à idade: lesões no fundo do olho que levam à perda irreversível da visão”, finaliza dr. Roberto Limongi.

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