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‘Battlefield 6’ agrada ao reviver momentos de glória da franquia

DM Redação

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 20:06 | Atualizado há 16 minutos

Objetivo: americanos precisam combater a Pax Armata, corporação privada que ocupa vácuo de poder - Fotos: Electronic Arts
Objetivo: americanos precisam combater a Pax Armata, corporação privada que ocupa vácuo de poder - Fotos: Electronic Arts

Vinícius Barboza

Matheus Tupina

(FOLHAPRESS) – A “guerra total” está entre nós. “Battlefield 6”, ou “BF6” para os íntimos, é o 13º game da franquia. Após as críticas e o fracasso de “Battlefield 5” (2018) e “Battlefield 2042” (2021), os desenvolvedores buscaram um retorno às raízes.

A ideia era não repetir os erros cometidos nesses jogos recentes. Por isso, decidiram olhar para trás na linha do tempo e beber de uma fonte bem-sucedida, que fez a série nadar de braçada no gênero de FPS (first person shooter, ou jogo de tiro em primeira pessoa) no início dos anos 2010, com os ótimos e caóticos “Battlefield 3” (2011) e “Battlefield 4” (2013). Dar uma sensação de nostalgia aos fãs que jogarem o novo título. Isso tudo, porém, sem deixar de apresentar novidades.

Com essa árdua missão em mãos, os Estúdios Battlefield tentaram cumpri-la apostando em escolhas seguras. A primeira delas foi adiar o lançamento do jogo em cerca de um ano e polir o produto -a previsão de lançamento era para 2024.

Ao menos na experiência da reportagem com o game em acesso antecipado, a decisão dos desenvolvedores se mostrou acertada. Jogar “Battlefield 6” é prazeroso e, de fato, traz uma sensação análoga aos icônicos títulos anteriores.

O jogo consegue criar ambientes de “guerra total” com realismo, dá liberdade ao jogador e não deixa de propiciar o caos característico da série, recheado de tiroteios frenéticos.

Não foram vistos problemas crônicos de desempenho e otimização durante os testes realizados antes do lançamento. Vez ou outra o jogo apresentou bugs -um soldado morto no ar ou um veículo que entrou em uma rocha-, mas os problemas foram raros, nada que comprometesse a experiência ou a imersão.

O som do jogo é virtude destacável. A diferença no áudio de tiros e passos em ambientes abertos e fechados é nítida e agradável, e a altura e qualidade da captação dos disparos amplia a imersão do jogador e é ponto alto.

No som, uma novidade aos gamers brasileiros: nesta sexta, a EA lançará na BGS, a Brasil Game Show, colaboração musical do “Battlefield 6” com o produtor Papatinho e os cantores Emicida, Major RD e BK, que compuseram música para a trilha do jogo.

A executiva global de parcerias musicais e marketing da empresa, Raphaella Lima, afirmou que esse tipo de iniciativa também ocorre em outros países, como Argentina, Alemanha e França, e que no Brasil a comunicação com a engajada comunidade do jogo foi a tônica para a parceria.

Nova York em chamas: novo título da saga confere a liberdade ao jogador para explorar produto – Fotos: Electronic Arts

“Era uma coisa que a gente já queria há muito tempo. E esse jogo deu essa oportunidade de dar voz e fazer acontecer. O funk foi inspiração no topo de tudo, me voltou para os anos 90, e quando Papatinho fez a produção trazendo funk antigo, colocando o funk novo, os artistas, a gente falou falou ‘tá aqui, põe esse Battlefield no Brasil agora para a gente'”, disse a executiva, brasileira e que trabalha na empresa há mais de 20 anos.

No multiplayer do jogo, carro-chefe da franquia, “Battlefield 6” possui uma boa variedade de mapas, ainda que sejam poucos. Os cenários possibilitam diferentes estratégias a depender da classe utilizada pelo jogador.

O game dá a liberdade ao jogador de jogar como quiser, com a arma que desejar -é possível ter a função de suporte e usar um rifle de precisão, por exemplo. Esse sistema, chamado de “armas abertas”, equilibra melhor as partidas e evita com que uma certa classe seja escolhida apenas para jogar com determinado arsenal. Além disso, “Battlefield 6” busca premiar quem cumpre com os objetivos de cada classe e quem joga em equipe, dinâmicas que foram deixadas de lado pela franquia nos últimos títulos.

Outros modos tradicionais com foco em infantaria, como o bom e velho Dominação Mata-Mata em Equipe e Mata-Mata em Pelotão, com combates acalorados a curta distância, estão disponíveis e têm seu brilho. Em Domínio da Colina, modo novo, os objetivos a serem conquistados e controlados se movem pelo mapa.

Um dos melhores mapas disponíveis é Empire State. Focado na jogatina com infantaria (sem uso de veículos), é ambientado no Brooklyn, em Nova York. Oferece ao jogador prédios, becos e telhados e tenta simular o caos e o gameplay com troca de tiros frenética dos mapas Noshahr Canals e Operação Metrô (sucessos de “BF3”).

A destruição de mapas é um dos chamarizes e apostas do “Battlefield 6”. Chamada aqui de “destruição tática”, possibilita aos jogadores derrubar paredes, atravessar prédios com tanques e criar atalhos para atingir os adversários e cumprir os objetivos, emulando “Tom Clancy’s: Rainbow Six Siege”.

Embora a destruição de cenários esteja um tanto quanto exagerada, já que diferentes classes possuem armamento capaz de pôr paredes abaixo, é inegável que arrebentar com um prédio quase que inteiro seja bastante satisfatório.

Falando da campanha individual, o modo história segue deixando a desejar -eles têm sido um problema crônico dos jogos de guerra atuais. Com nove missões, dura cerca de 6 horas de duração (a depender do ritmo, grau de dificuldade escolhido e experiência do jogador).

A história coloca o jogador em um combate em diversas partes do mundo controlando um soldado de um pelotão de elite dos fuzileiros navais dos Estados Unidos.

Com a Otan em decadência e o mundo à beira do caos, os americanos precisam combater a Pax Armata, corporação privada que busca aproveitar o vácuo de poder deixado pela aliança militar ocidental. O enredo garante algumas horas de mínimo entretenimento, mas não é o que faz valer a compra de “Battlefield 6”, especialmente no lançamento e com preço cheio.

Os Estúdios Battlefield também apostam em outro modo, chamado de Portal. Este modo estaria disponível para testes na última terça (7), mas “por problemas de infraestrutura e logística global” não foram liberados pela empresa.

Segundo os desenvolvedores, o cerne do modo é a possibilidade de criar coisas com uma ferramenta de construtor. Teremos de aguardar o lançamento para ver se Portal estará redondo e divertido. Para o jogo como um todo, também será necessário acompanhar as próximas atualizações, se aprimorarão ainda mais o game, sem estragá-lo.

BATTLEFIELD 6

Avaliação bom

A partir de R$ 299

Classificação: 18 anos


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