Blefaroplastia sem corte: Dra. Marina Cabral fala de resultados e limites
Redação DM
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 20:16 | Atualizado há 5 segundos
A chamada blefaroplastia sem corte, baseada no laser fracionado de CO₂, consolidou-se como alternativa menos invasiva para tratar pele fina das pálpebras e rugas ao redor dos olhos. A proposta é induzir renovação cutânea com controle de energia e fracionamento do feixe, promovendo retração discreta de pele, melhora de textura e suavização de linhas finas, sem incisões.
Em termos práticos, trata-se de um procedimento médico que exige seleção criteriosa de casos, preparo adequado da pele e parâmetros definidos de acordo com tipo de pele, histórico de manchas e expectativa do paciente.
A dermatologista goiana Mariana Cabral (CRM 18691, RQE 9360), que atende pacientes em Goiânia, é uma das especialistas que adotam protocolos com ênfase em segurança e planejamento individual, postura que vem sendo valorizada no debate clínico local.
Do ponto de vista técnico, o equipamento emite múltiplos microfeixes que criam zonas microscópicas de tratamento. Entre essas microzonas, permanecem áreas de pele íntegra que funcionam como “reservas” de tecido saudável, acelerando a cicatrização. O calor controlado desencadeia uma sequência conhecida: lesão térmica muito localizada, resposta inflamatória imediata e, nas semanas seguintes, remodelação de colágeno.
Plataformas atuais permitem combinar modos ablativos e não ablativos e ajustar profundidade, densidade de pontos e tempo de pulso. Essa versatilidade é central para equilibrar resultado e tempo de recuperação, sobretudo em regiões de pele fina, como as pálpebras.
Os resultados esperados obedecem a uma régua realista. Quando há flacidez discreta e rugas finas, é comum observar melhora de textura, luminosidade e leve retração da pele. Linhas muito finas tendem a suavizar primeiro. Em paralelo, poros aparentes e irregularidades superficiais ao redor dos olhos costumam responder de forma favorável. A evolução não é instantânea.
Há um ganho inicial, visível após a descamação, e um ganho tardio que se consolida ao longo de semanas, conforme a remodelação do colágeno se completa. Por isso, muitos protocolos preveem séries de sessões com intervalos mensais, que somam estímulos sucessivos e permitem ajustar o trajeto conforme a resposta individual.
É importante, no entanto, estabelecer limites. O laser não resolve bolsas de gordura muito evidentes, excesso marcante de pele ou queda significativa da pálpebra superior. Nesses quadros, a blefaroplastia cirúrgica continua sendo a referência. Também não há garantia de apagamento completo de rugas profundas, especialmente com componente muscular pronunciado.
O que se observa, e que vem sendo relatado por clínicas que manejam o método com parcimônia, é uma melhora combinada de qualidade da pele e linhas leves a moderadas, respeitando a anatomia e a espessura tecidual de cada paciente.
Uma grande novidade é que recentemente o tradicional laser de CO2 foi aperfeiçoado permitindo técnicas mais agressivas para pálpebras com rugas mais profundas e excesso de pele mais pronunciado. Trata-se do modo “microcoring” existente na tecnologia de CO2 mais moderna do mercado, do qual a Dra Mariana Cabral já possui na sua clínica. Esse modo permite remoção de pequenos fragmentos de pele das pálpebras, que cicatrizam naturalmente pelas bordas de pele sã existentes ao redor, mas gerando um dano inflamatório mais profundo e intenso, que apesar de provocar um período de recuperação um pouco mais longo, com mais inchaço e vermelhidão, proporciona resultados incríveis de retração da pele, com melhora de rugas e do excesso de pele nas pálpebras.
A segurança é um eixo central desse tipo de tratamento. Existem, de um lado, cuidados universais, e de outro, decisões que dependem do perfil da pele. Entre as medidas universais, estão avaliar medicações em uso, afastar infecções ativas, suspender exposição solar nas semanas anteriores e posteriores e manter fotoproteção rigorosa.
Entre as decisões individualizadas, entram o fototipo, o histórico de hiperpigmentação pós-inflamatória, cicatrizes exuberantes, tendência a quelóide e a espessura da pele palpebral. Em peles morenas e negras, a condução conservadora é a regra, justamente para reduzir o risco de manchas. Parâmetros menos densos, energia mais baixa por ponto, intervalos maiores e atenção redobrada ao pós-procedimento são estratégias frequentes.
A recuperação costuma obedecer a etapas. Nas primeiras 24 a 48 horas, vermelhidão e edema leves são os achados mais comuns. Pequenos pontos mais escurecidos podem se formar onde houve ação do feixe. A descamação fina começa por volta do segundo ou terceiro dia e pode durar até uma semana, variando com a intensidade do protocolo.
Considerando – se o uso do modo mais agressivo de microcoring buscando melhores resultados, como comentado anteriormente, a recuperação é um pouco mais lenta e calcula-se em torno de 7-10 dias, com resultados já visíveis com 15 dias , e melhora progressiva ao longo dos próximos meses.
Nessa janela, higiene suave, produtos calmantes indicados pelo médico e fotoproteção constante fazem diferença para conforto e qualidade do resultado. A liberação para maquiagem costuma ocorrer apenas após a reepitelização completa, o que também ajuda a prevenir infecções e pigmentações indesejadas.
O tema da pigmentação merece atenção à parte. Peles com tendência a manchar precisam de preparo antes do laser e vigilância depois, sobretudo em cidades de alta insolação, como Goiânia. O preparo pode incluir uso de clareadores tópicos por algumas semanas, ajuste de rotina ao ar livre e reforço de barreiras físicas, como óculos escuros com boa cobertura e chapéu.
No pós, a orientação é evitar calor excessivo, sauna e atividades intensas nos primeiros dias, além de manter o protetor solar fotoestável e reaplicado. Esses detalhes operacionais fazem diferença prática na taxa de eventos menores, como escurecimentos transitórios, e na satisfação com o resultado final.
Outra discussão que ganha corpo é a padronização de protocolos. A indústria fornece treinamento aos médicos que adquirem a plataforma e orienta parâmetros de início. Isso não significa uniformidade de indicação, porque a clínica real é variável, mas ajuda a consolidar boas práticas, sobretudo no recorte da segurança.
A mensagem que se consolidou em consultórios é direta: o equipamento é o mesmo, o que muda é a avaliação criteriosa e o manejo de energia, densidade e número de passagens em cada pele. Para quem lê esta matéria pensando em fazer o procedimento, isso se traduz em uma orientação pragmática. Vale perguntar qual modo será utilizado, por que aquele conjunto de parâmetros foi escolhido e como ficará o calendário de sessões e retornos.
Embora o foco aqui sejam as pálpebras, a mesma plataforma de CO₂ fracionado participa de outras rotinas. Em cicatrizes de acne, por exemplo, a técnica atua na irregularidade do relevo e estimula remodelação, muitas vezes combinada a outros recursos. Em estrias, sobretudo recentes, a resposta envolve melhora de textura e coloração, com resultados que variam conforme tipo e tempo da lesão.
Em rejuvenescimento peri-oral, a pele ao redor dos lábios se beneficia do resurfacing controlado, com ganho de suavidade. No pescoço, onde a pele é mais sensível, protocolos mais brandos são preferidos. Há ainda o chamado drug delivery assistido por laser, no qual os microcanais criados pelo feixe aumentam a penetração de ativos tópicos imediatamente após a sessão, estratégia que demanda seleção cuidadosa de substâncias.
Quando o assunto é melasma, o cuidado se redobra. A literatura clínica descreve tanto possibilidades de melhora quanto risco de hiperpigmentação pós-inflamatória. Por isso, a indicação costuma ser restrita a casos selecionados, com parâmetros conservadores e suporte de uma rotina rígida de fotoproteção e manejo de gatilhos de pigmentação. A mensagem prática é clara. Não se trata de um tratamento universal para melasma, mas de uma ferramenta que, em determinados cenários e mãos experientes, pode integrar um plano mais amplo, sempre com monitoramento próximo.
A triagem de contraindicações faz parte do rito. Pele bronzeada recentemente, uso de anticoagulantes sistêmicos, infecções ativas, gravidez e doenças do colágeno figuram entre situações que costumam adiar ou evitar o procedimento. Outras condições, como tendência a herpes labial, pedem medidas preventivas.
Tudo isso é discutido na consulta, etapa na qual também se alinham expectativas. Uma boa conversa anterior ao procedimento deixa claros objetivos, limites e tempo de recuperação. O paciente sai com um roteiro escrito de preparo e pós, calendário de retornos e sinais de alerta pelos quais deve procurar reavaliação.
A experiência de clínicas em Goiânia acrescenta uma camada contextual ao tema. O clima quente e ensolarado durante boa parte do ano torna a fotoproteção um ponto inegociável para quem passa por laser. Isso implica planejar sessões em períodos de menor exposição, ajustar atividades ao ar livre e incorporar barreiras físicas com regularidade. Para profissionais, essa realidade local reforça a preferência por conduções graduais e acompanhamento próximo nas primeiras semanas após cada sessão.
Do ponto de vista de comunicação com o público, há um equilíbrio a ser preservado. É legítimo buscar alternativas menos invasivas quando a queixa é discreta e o objetivo é naturalidade. Também é legítimo apontar quando a cirurgia oferece solução mais completa.
A maturidade do tema aparece justamente nessa capacidade de situar cada técnica no seu melhor cenário. Em pálpebras sem excesso de pele marcante, com linhas finas e textura a melhorar, o CO₂ fracionado pode cumprir papel relevante, desde que inserido em uma rotina de cuidados e expectativas realistas.
Na prática clínica da capital, dermatologistas com atuação em pele brasileira, como a goiana Mariana Cabral, têm enfatizado esse caminho do meio. Nem promessa milagrosa, nem demonização de procedimentos. Técnica, paciência e parcimônia.
O resultado estético que se busca hoje, especialmente ao redor dos olhos, depende menos de intervenções únicas e mais de um somatório de escolhas. A blefaroplastia sem corte é uma dessas escolhas para um perfil específico de paciente. Exige avaliação presencial, pede tempo de recuperação, cobra disciplina no pós e retribui melhor quando a indicação é correta.
Para quem considera o procedimento, vale um checklist final que costuma orientar decisões conscientes. Confirmar que a queixa é compatível com a proposta do método. Entender o plano de sessões e a necessidade de manutenção. Alinhar rotinas de fotoproteção com a realidade do trabalho e da vida ao ar livre. Saber quando a cirurgia entra na conversa e por quê. Avaliar a experiência do profissional com sua faixa de fototipo e sua tendência pessoal a manchar. Com esses pontos no radar, a decisão tende a ser mais segura e o percurso, mais tranquilo.
Em síntese, a blefaroplastia sem corte é uma tecnologia médica que encontrou seu espaço na rotina de consultórios por combinar previsibilidade de recuperação e possibilidade de ajuste fino de parâmetros. Não substitui a cirurgia em todo cenário e não se presta a atalhos.
Em Goiânia, onde a insolação é um desafio adicional, o sucesso depende tanto do protocolo adotado no dia da sessão quanto do comportamento nas semanas seguintes. A presença de especialistas locais, como a dermatologista goiana Mariana Cabral, ajuda a consolidar um discurso técnico centrado em segurança e limites, o que interessa ao leitor que busca informação clara para decidir o próximo passo.
Veja mais sobre esse tipo de procedimento, imagens e outros no Instagram da dermatologista Mariana Cabral.