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Quando ideias globais impactam diretamente na economia daqui

Redação Diário da Manhã

Publicado em 4 de julho de 2025 às 11:53 | Atualizado há 8 horas

De criptomoedas a inteligência artificial: veja como ideias globais já consolidadas estão moldando a economia brasileira e gerando oportunidades concretas.

Nos últimos anos, o Brasil passou a incorporar soluções tecnológicas que surgiram lá fora, como o bitcoin, a inteligência artificial, os carros elétricos e as grandes plataformas de comércio digital. E o resultado vai muito além da curiosidade: essas ideias já mudaram a forma como compramos, investimos, produzimos e nos conectamos com o mercado.

Entender como essas transformações estão acontecendo ajuda a enxergar o presente com mais clareza — e a se preparar para o que já está em curso.

Saiba mais!

Como tendências internacionais se tornam parte da economia local

As inovações não chegam mais com anos de atraso. Com acesso à internet, redes de colaboração e canais de conteúdo global, novas ideias passam a circular no Brasil praticamente ao mesmo tempo em que são lançadas no exterior.

A digitalização acelerou esse processo. Produtos, serviços e modelos de negócio nascidos no Vale do Silício ou em centros tecnológicos da Europa e da Ásia passaram a influenciar diretamente empresas brasileiras de todos os tamanhos.

E não é só nos grandes centros: a tecnologia avançou também no interior, com inclusão digital, novas formas de pagamento e soluções financeiras acessíveis por smartphone.

Esse cenário criou um novo comportamento entre consumidores, empreendedores e investidores. Hoje, é comum ver práticas e ferramentas antes restritas a mercados desenvolvidos fazendo parte da rotina de quem trabalha ou movimenta a economia local.

Bitcoin e a descentralização das finanças

O bitcoin é um dos exemplos mais claros de como uma ideia global ganhou força no Brasil. Criado como uma alternativa descentralizada ao sistema financeiro tradicional, ele já é usado por milhões de brasileiros tanto como forma de investimento quanto como meio de pagamento.

Segundo pesquisas, o número de brasileiros que investem em criptoativos já ultrapassa o total de pessoas com ações na bolsa. São mais de 24 milhões de usuários, representando cerca de 17% da população adulta — e o bitcoin continua sendo o ativo mais procurado.

O acesso à moeda digital acontece de forma simples, via aplicativos ou carteiras digitais. Isso tem ampliado a inclusão financeira no país, especialmente em regiões onde os serviços bancários são mais limitados. Sem precisar de agência, cartão ou aprovação, o usuário se conecta diretamente a uma economia digital global — e opera com autonomia.

Inteligência artificial e automação no dia a dia das empresas brasileiras

Outra tendência global que já é realidade por aqui é o uso de inteligência artificial no setor produtivo. Ela está presente no atendimento ao cliente, na análise de dados, na gestão de estoques, no marketing e até no combate a fraudes bancárias.

Duas startups brasileiras surgiram com IA como núcleo de suas operações: a Cortex, plataforma líder de “Go‑to‑Market Intelligence” na América Latina que utiliza big data e machine learning para otimizar decisões de marketing e vendas; e a Nama, especializada em IA para atendimento ao cliente, com chatbots que automatizam interações usando processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina.

Grandes empresas brasileiras também adotam a tecnologia. Varejistas e bancos utilizam algoritmos para personalizar ofertas, prever demandas e melhorar a experiência do usuário — como o Bradesco, que conta com a assistente virtual Bia, usada por mais de 20 milhões de clientes e responsável por mais de 2 bilhões de interações.

Para pequenas e médias empresas (PMEs), a IA se torna aliada relevante. Ferramentas simplificadas de automação, recomendação e atendimento via API estão permitindo que PMEs tornem seu dia a dia mais produtivo, reduzam custos e tenham decisões mais assertivas, tudo com menos dependência de equipes técnicas complexas.

Mobilidade elétrica e novas cadeias de produção

O setor automotivo também está passando por mudanças estruturais — e boa parte delas vem de fora. O crescimento da frota de veículos elétricos no Brasil tem sido puxado por incentivos internacionais, demanda por sustentabilidade e investimentos de montadoras globais.

Nos últimos anos, empresas como BYD, Volvo e GWM anunciaram fábricas e centros de distribuição no país. Com isso, a produção nacional de veículos elétricos e híbridos está aumentando, assim como a infraestrutura para recarga.

Essa transformação também movimenta toda uma cadeia de fornecedores: baterias, sistemas eletrônicos, engenharia especializada, construção de eletropostos e geração de empregos com foco ambiental. Vários estados e municípios criaram programas para apoiar a mobilidade elétrica, reduzindo impostos ou incentivando a substituição de frotas.

Plataformas globais de comércio digital e seu impacto no consumo

As grandes plataformas de e-commerce internacional também mudaram a lógica do consumo no Brasil. Com poucos cliques, o consumidor consegue comparar preços e comprar produtos de fora do país com entrega rápida e meios de pagamento integrados.

Sites como AliExpress, Amazon, Shopee e Shein cresceram de forma acelerada por aqui. Além disso, carteiras digitais como o Mercado Pago e o PayPal facilitaram ainda mais o acesso a esse tipo de compra.

Essas plataformas também impulsionaram os pequenos negócios. Microempreendedores brasileiros passaram a vender para outros países usando marketplaces globais, aproveitando ferramentas de divulgação, logística e recebimento internacional.

Ao mesmo tempo, o varejo físico e os lojistas nacionais tiveram que se adaptar, investindo em digitalização, presença online e novas formas de atendimento para manter a competitividade.

Ideias que cruzam fronteiras

O impacto das ideias globais na economia brasileira é direto e mensurável. Tecnologias como o bitcoin, a inteligência artificial, os veículos elétricos e os marketplaces internacionais já fazem parte da rotina de empresas e consumidores no país.

Mais do que acompanhar uma tendência, o Brasil passou a ser palco de aplicação dessas soluções — seja no interior, nos grandes centros, em empresas inovadoras ou no microempreendedor conectado por um celular.

Compreender esse movimento ajuda a posicionar melhor negócios e pessoas diante de um cenário em constante evolução. E incorporar essas ferramentas não é mais questão de futuro: é uma etapa importante da economia que já está acontecendo agora.

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