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Quanto renderia R$ 1 milhão em tesouro direto?

Redação DM

Publicado em 25 de julho de 2025 às 08:37 | Atualizado há 19 horas

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Muitos investidores encontram no Tesouro Direto a opção ideal de investimento, que combina segurança com uma rentabilidade interessante. Por ser um investimento de renda fixa e, portanto, ter a possibilidade de rendimentos previsíveis, essa alternativa é especialmente recomendável para investidores de perfil mais conservador, dispostos a correr menos riscos.

Investir R$ 1 milhão no Tesouro Direto pode gerar rendimentos variados, dependendo do tipo de título escolhido e das condições do mercado. Cada opção oferece características distintas, como prazos, taxas e formas de rentabilidade, permitindo diferentes estratégias financeiras.

Neste artigo, vamos simular quanto renderia R$ 1 milhão aplicado no Tesouro Selic, no Tesouro Prefixado e no Tesouro IPCA+. A simulação fornecerá informações estimadas. Também vamos fazer uma comparação entre prazos curtos e longos no rendimento dos títulos e explicar qual é o impacto das taxas e dos tributos na rentabilidade dos investimentos.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

Estimativa de rendimento com o Tesouro Selic, ideal para liquidez e segurança

O Tesouro Selic é um título do Tesouro Direto que, como o nome já deixa claro, acompanha a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Portanto, quando a Selic está em alta, os títulos rendem mais, e quando ela cai, os rendimentos também diminuem. 

Trata-se de um dos investimentos mais seguros do país, por ser emitido pelo Tesouro Nacional e contar com a garantia do governo federal. Além disso, por ter liquidez alta (ou seja, ser facilmente convertido em dinheiro), é o tipo de investimento adequado para construir a reserva de emergência. 

De acordo com dados do Tesouro Direto, investir R$ 1 milhão no Tesouro Selic renderia R$ 1.214.138,13 em dois anos. O montante líquido, após serem descontados o Imposto de Renda e a taxa de custódia, seria R$ 1.177.187,92.

Retornos esperados do Tesouro Prefixado, focado em previsibilidade

O Tesouro Prefixado, por sua vez, é um título emitido com lastro no Tesouro Nacional cuja rentabilidade é conhecida pelo investidor no momento do aporte. É, portanto, um investimento interessante para quem busca previsibilidade no retorno financeiro.

Outra característica que torna o Tesouro Prefixado muito atrativo para os investidores é a rentabilidade: atualmente, é o título do Tesouro Direto que oferece os melhores retornos em comparação com outras aplicações de renda fixa.

O investimento de R$ 1 milhão no Tesouro Prefixado 2027 com resgate em dois anos renderia R$ 1.282.016,91 antes da dedução de taxas e do Imposto de Renda, ou R$ 1.234.709,16 após os descontos.

Tesouro IPCA+ como proteção contra a inflação

A rentabilidade do Tesouro IPCA+ é ajustada pelo IPCA (o principal índice da inflação no Brasil) e somada a uma taxa predefinida no momento do aporte. Trata-se, portanto, de um título híbrido.

Assim, no vencimento, o investidor recebe o valor aplicado mais um retorno extra, preservando o poder de compra e permitindo ganhos superiores à inflação. É, portanto, o investimento ideal para quem quer proteger o patrimônio contra a inflação, indicado para momentos em que os juros reais estão altos.

Investir R$ 1 milhão no Tesouro IPCA+ 2029 resultaria em um montante bruto de R$ 1.232.685,71 em dois anos, e R$ 1.192.949,33 após os descontos de Imposto de Renda e taxas.

Comparação entre prazos curtos e longos no rendimento dos títulos

O Tesouro Selic (pós-fixado) rende de forma estável no curto prazo, com baixo risco de perda. Já no longo prazo, a rentabilidade se mantém estável, mas sem grandes ganhos em comparação com outros títulos.

O Tesouro IPCA+ não é indicado para investimentos de curto prazo, pois pode ter forte oscilação se resgatado antes do vencimento, com risco de perda. Em compensação, é excelente se mantido até o vencimento, pois permite ganhos acima da inflação.

O Tesouro Prefixado, por sua vez, é mais previsível no curto prazo, mas oferece algum risco se os juros subirem. Se o título for vendido antes do vencimento, existe o risco de perda. Em contrapartida, pode trazer altos retornos no longo prazo, embora seja mais sensível à variação de juros.

Impacto de taxas e impostos na rentabilidade líquida do investimento

A incidência de taxas e impostos pode reduzir significativamente a rentabilidade líquida dos títulos do Tesouro Direto. O IR (Imposto de Renda) segue uma tabela regressiva, incidindo sobre o lucro. Logo, o imposto será menor conforme o tempo em que o dinheiro se mantiver investido for maior.

Já o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) só é cobrado em caso de resgate antes dos 30 dias, e também segue uma tabela regressiva. Além disso, a taxa de custódia é de 0,2% ao ano sobre o valor investido e é cobrada semestralmente (em junho e em dezembro).

O investimento em títulos do Tesouro Direto pode apresentar rentabilidades variadas de acordo com o título adquirido, logo, é importante fazer simulações antes de aplicar.

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