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Corretor: o intermediador de sonhos

Um profissional que faz seu próprio salário, na maioria dos casos, deve estar sempre ligado no mercado e nas inovações tecnológicas para se sobressair. Não basta apenas falar dos imóveis, mas também conhecer as construções a fundo e saber responder aos questionamentos do comprador. Indicar o imóvel ideal e saber qual é o perfil do seu cliente é outro atributo do corretor de imóveis. Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Goiás (Creci-GO), até março de 2015 haviam 18mil ativos de um total de 25 mil corretores filiados no Estado.

Paulo Colnaghi, diretor da Colnaghi Imóveis, diz que para a ascensão na carreira de corretagem imobiliária, o mercado está exigindo informações precisas de mercado, conhecimento técnico dos imóveis, habilidade e atitude para entender a real necessidade do cliente e ser o intermediador da melhor oportunidade de negócios a ele.

O mercado competitivo exige confiança, convicção e posicionamento dos corretores de imóveis. Buscar a confiança do cliente, sendo transparente ao abordar sobre a realidade de cada empreendimento requer habilidades lapidadas pela experiência e por treinamentos. Na Colnaghi, são 20 os profissionais de corretagem. Todos são treinados em várias disciplinas, desde o atendimento e a burocracia que envolve o negócio até a aparência e o diálogo via redes sociais. “Trabalhamos com um grupo enxuto, exatamente, para dar a assistência detalhada a esses profissionais que são altamente exigidos, hoje”, comenta Paulo.

A profissão é liberal e foi regulamentada no Brasil em 27 de agosto de 1962. Ela oscila conforme a economia do País e requer dedicação, habilidades diversas, entre as quais legislação imobiliária, além do registro nos conselhos de classe.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis 5ª Região (Creci-GO), Oscar Hugo Monteiro Guimarães, fala sobre o papel desse profissional para a sociedade. “Todas as ruas em que você passar, de alguma forma teve, ali o trabalho do corretor de imóveis, nosso papel é desde humanizar o concreto e colocar pessoas nesse ambiente até a realização do sonho da moradia. Oferecemos segurança, conforto, enfim”, explica.

O presidente compara as pessoas aos animais que, como primeiro pensamento, ao iniciar uma família é a construção do lar. “Os pássaros com seus ninhos, alguns animais com suas tocas, nós também somos assim e o corretor de imóveis é quem auxilia essas pessoas a encontrar o imóvel certo, de acordo com cada perfil”, ressalta.

Quanto a questão salarial, Oscar afirma que depende mais do profissional do que de terceiros para ter êxito. “É uma profissão de resultados, ou seja, o corretor ganha por comissão de imóvel vendido. Se eu me empenho, passo confiança conhece o produto que estou vendendo, muito provavelmente meu sucesso virá. Além disso, a experiência também conta nesse caso”, diz. No entanto, ele lembra que aquele profissional que fica esperando cair do céu, não terá um bom salário, já que este é mérito de quem corre atrás.

Goiás é referência

O presidente do Creci-GO lembra que a profissão corretor de imóveis é muito antiga, existe desde o período imperial do Brasil, mas nessa época esses eram chamados de vendedores apenas. No ano de 1962, a profissão foi regulamentada com o nome que até hoje recebe. “O Estado de Goiás foi o quinto no País todo a receber um sindicato, no ano de 1948”, ressalta Oscar.

Para o presidente, a reciclagem é fundamental nessa profissão. “O corretor, que não se atualiza, fica perdido no tempo, a educação continuada, não estática, é fundamental. Inclusive no que tange a tecnologia, estou no mercado desde 1978, desde então houve muitas mudanças, os clientes daquela época para os de hoje são completamente diferentes em alguns aspectos”, afirma.

A corretora de imóveis Raquel Soares de Paula vende todos os tipos de imóveis, de acordo com o perfil do seu cliente, ela explica que seu foco, no entanto é nos lançamentos de Goiânia. “O papel de um corretor de imóveis é de extrema importância para as intermedições do mercado imobiliário. O corretor de imóveis cria alternativas, tanto para o vendedor quanto para o comprador com sugestões adequando ao perfil, tirando duvidas e certificando se as documentações do imóvel estão corretas”, explica Raquel.

Ela lembra que, esse profissional da área imobiliária, precisa ter carisma e conhecimentos quanto ao mercado em questão, e trabalhar com honestidade todas as informações para o seu cliente. “Para um profissional com interesse em ingressar no mercado imobiliário, o primeiro passo é realizar um bom estudo do mercado, trocar ideias com outros profissionais, que atuam por mais tempo no mercado, e definir a corretagem como sua profissão”, ressalta.

Raquel afirma que essa é de fato uma boa área de atuação, principalmente no Estado. “É valorizado, sim! Hoje, a maioria das negociações imobiliárias são feitas por profissionais da área. O mercado está aquecido embora falta profissionais capacitados para atuar na área imobiliária em Goiás”. Ela concorda com o presidente do Creci-GO quanto a importância de sempre se reciclar. “O corretor de imóveis precisa estar antenado com as informações do mercado imobiliário o tempo todo, pois todos os dias as novidades se renovam”, lembra.

Novos empreendimentos

Levantamento realizado pelo Centro Padrão de Inteligência (CIP) afirma que o mercado de luxo cresceu 33% no Brasil em 2013, enquanto a média mundial apresentou alta tímida de 4%. A tendência é confirmada pela recente pesquisa da imobiliária internacional de alto luxo Sotheby's, divulgada em novembro do ano passado. O relatório aponta ainda que, seguindo o ritmo de americanos, asiáticos e britânicos, países emergentes como o Brasil revelam uma crescente procura por produtos diferenciados para o consumo.

São os jovens – solteiros ou casados – um dos perfis que mais predominam no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles compram imóveis mais cedo que a geração de seus pais. Não precisam de tanto espaço, até porque não pretendem ter muitos filhos – o número médio de filhos vem caindo a cada ano no País e, em 2014, foi de 1,74 por casal. Mas, não abrem mão de conforto e exclusividade. Para atender a essa demanda, em Goiânia, a City Soluções Urbanas apresentou nesse mês de março o Art Residence, no Setor Bueno. O estande com o apartamento decorado estará aberto ao público durante todo o dia, na Rua T-37 do Setor Bueno.

Para o coordenador imobiliário da incorporadora, Neylor Melo, o mercado observou a necessidade de atender a um público que é pertencente a classe AA, mas que não quer morar, por exemplo, em condomínios fechados – que geralmente são afastados da cidade – ou em grandes apartamentos. "Quando se fala em alto padrão, logo se pensa em grandes imóveis. Este é para aqueles que não tem necessidade de morar em uma residência tão grande, mas que não quer abdicar de seu bom gosto".

A enfermeira Bruna Duarte, 29 anos, comprou um dos apartamentos oferecidos pela City Soluções Urbanas. A princípio, seria para a irmã que mora nos Estados Unidos, mas, depois de conhecer de perto o apartamento, decidiu ficar com ele.

Bruna disse que escolheu o empreendimento em virtude da boa localização e ao tamanho de quase 67 metros quadrados, que a atende. A enfermeira avalia que o jovem tem se preocupado mais em comprar imóveis, até porque entra mais cedo no mercado de trabalho. "Um imóvel é uma forma de investir o dinheiro ganho", aconselha.

O Setor Coimbra, bairro predominantemente horizontalizado, entrou para a rota da verticalização e recebe seu primeiro edifício, o Residencial Pátio Coimbra, que manterá a vocação residencial do setor. Um projeto inovador para a região, desenvolvido pelas incorporadoras GPL, Penta e Cabral Empreendimentos. O residencial oferecerá apartamentos de dois quartos ou três suítes e foi desenvolvido para oferecer esta opção de moradia à região, que já aguardava por esta modernização. Amanhã, o estande de vendas abrirá para o público.

De acordo com o diretor comercial da GPL Incorporadora, Avelino Júnior, o setor abriga moradores antigos que se sentem inseguros em viver em casa ou desejam mais praticidade. "Ao mesmo tempo, o bairro tem potencial para atrair novo público, que deseja morar em boas localizações", diz o diretor. O edifício será construído no terreno onde abrigou o clube de dança Sanfona de Ouro. De acordo com o arquiteto Alexandre Leite, que desenvolveu o projeto, serão mantidas nas linhas da casa de shows, que carregava traços em Art Déco em sua arquitetura original. A proposta será remeter algumas referências do movimento na fachada, no lobby de entrada e no primeiro andar.

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