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Pechinchar e ir com frequência às lojas, receita para driblar a inflação

RIO - Enquanto varejistas disputam a atenção do cliente garantindo o menor preço, encontrar as ofertas mais vantajosas é bem mais trabalhoso. Segundo especialistas, o consumidor precisa ter disposição para pesquisar, ficar atento a promoções semanais e guardar na memória os preços dos itens que mais consome — uma arma valiosa para não pagar mais caro. E o mais importante: a mesma loja pode cobrar menos por um outro e mais caro por outro.

Nos supermercados e drogarias pesquisados pelo GLOBO, nenhuma rede apresentou os menores preços para todos os 15 itens pesquisados. O Extra, por exemplo, vendia o Bombril mais barato em sua filial na Barra da Tijuca, por R$ 1,43. No Maracanã, a loja da mesma bandeira tinha a margarina Qualy mais cara da Zona Norte: R$ 4,49, preço mais salgado que o cobrado no Pão de Açúcar da Tijuca, do mesmo conglomerado, o GPA.

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Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Luiz Carlos Ewald, conhecido como o Sr. Dinheiro, do “Fantástico”, o importante é ter “intimidade” com os preços. Para explicar, o economista relata uma experiência pessoal:

— Outro dia fui comprar uma vassoura que custaria R$ 28. Achei estranho e, depois, encontrei uma só por R$ 12. Quando não se sabe bem o valor, é preciso pesquisar ainda mais. Toda vez que a gente compra produtos com os quais a gente não tem intimidade, pode ser passado pra trás.

Mauro Calil, especialista em investimentos do banco Ourinvest, acredita que o consumidor deveria ir com mais frequência ao supermercado, porque os preços têm oscilado bastante de uma semana para a outra.

— Indo mais vezes é possível notar as promoções — explica. — Digamos que o quilo da carne que você compra custa R$ 20, e que você costuma comprar para a necessidade semanal. Se ela entra em promoção e sai por R$ 15, o que você faz? Compra quatro ou cinco quilos, estoca uma quantidade que dê para mais tempo sem estragar. Com isso, você economiza R$ 20 ou R$ 25.

Quem não tem tempo para rodar a cidade em busca de ofertas pode recorrer à pechincha na hora da compra. Redes maiores de supermercado, como Carrefour e Extra, mantêm a prática de cobrir preços da concorrência. Para isso, basta levar o encarte de outro supermercado e pedir o desconto no caixa.

Em relação às farmácias, a dica é negociar o máximo possível com o próprio balcão. Nas drogarias visitadas pela reportagem na semana passada, era comum os atendentes perguntarem se os repórteres queriam preços com ou sem desconto. Além disso, muitos laboratórios mantêm programas de fidelidade, que garantem abatimento em alguns medicamentos.

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