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Nova Zelândia abre portas para pecuária goiana

Para estabelecer parcerias comerciais e técnicas entre Goiás, Estado situado no Centro-Oeste, e a Nova Zelândia, localizada na Oceania, a embaixadora daquele país no Brasil, Caroline Bilkey, recebeu o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Maurício Velloso, na sede da embaixada, em Brasília. O encontro discutiu, principalmente, parcerias entre os países na área agropecuária, em específico a pecuária de corte, para que seja possível estabelecer a criação de novos programas e campanhas entre ambos.

Durante o encontro, a instituição, na pessoa do presidente da Comissão de Pecuária de Corte, foi convidada a organizar uma missão técnica ao país, com objetivo de apresentar modelos e experiências neozelandesas aos produtores brasileiros. Além disso, foi acordado entre as partes o desenho de uma agenda comum de interesses entre os países, para que seja possível criar um programa de intercâmbios entre produtores rurais, onde produtores ligados à Faeg receberiam os da Nova Zelândia e vice-versa. Trazendo, assim, inúmeros benefícios, já que o intercâmbio se caracteriza como uma prática que consolida o aprendizado e expande os horizontes.

Interesse recíproco

A Faeg, como entidade representante do setor agropecuário de Goiás, justifica seu desejo de aproximação com a Nova Zelândia devido aos inegáveis resultados da racionalidade aplicada ao sistema de produção agropecuário neozelandês. Um sistema altamente produtivo e rigorosamente sustentável, baseado na melhor exploração – não na máxima. A extrema racionalização dos recursos naturais – nenhum desperdício e otimização concisa – encontrou no associativismo sua expressão ideal; sob o signo do cooperativismo, a produção se apropriou da agroindústria se tornando um dos maiores e mais respeitados players do setor agropecuário em todo o mundo, onde quase 100% dos produtores rurais se encontram sob este sistema. A Faeg, na gestão João Bosco Umbelino dos Santos, compareceu àquele país com uma delegação de pecuaristas e técnicos.

Para Maurício Velloso, essa troca cultural de informações é altamente enriquecedora para Goiás e para o Brasil, pois é um país completamente diferente, com suas particularidades específicas. "A Nova Zelândia, um conjunto de ilhas com relevo e clima que variam radicalmente de uma região para outra e que enfrenta dificuldade e limitação de recursos naturais, conseguiu adaptar-se e superar desafios locais superiores aos nossos.  Essa superação se deu, principalmente, por conta da organização social do país, onde o maior valor perseguido rigorosamente pelas instituições é a ética", acrescenta.

Estiveram presentes, ainda, os assessores políticos da embaixada Jaqueline Gil e André Hollo Capella (assessor para a área agropecuária), que fizeram questão de apresentar iniciativas praticados pela Nova Zelândia no setor agropecuário. Entre os exemplos, a forma de alimentação do gado, quase em sua totalidade a pasto; o respeito às características climáticas, ajustando o grosso da produção aos meses favoráveis, e deixando os cerca de 60 dias menos favoráveis em espécie de pousio, reduzindo custos e propiciando descanso aos animais, aos pastos e, principalmente, aos produtores e suas famílias; além da forte união e organização classista.

No mesmo dia, a médica veterinária e assessora agropecuária do consulado da NZ, em São Paulo, Nádia Alcântara, entrou em contato com o presidente da Comissão para esclarecer os principais focos de interesse e demais especificidades das possíveis parceiras entre ambos. O trabalho agora é entender o porquê da resistência nacional dos produtores em adotar novos modelos de produção melhores; além de promover a divulgação das parcerias e novos sistemas com os produtores rurais do Estado.

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