Rio - A suspensão do WhatsApp a partir de meia-noite desta quinta-feira atrapalhou a rotina de seus usuários e despertou muitas dúvidas.
A diarista Valda Alves Moreira, de 48 anos, estava ansiosa pela volta do funcionamento do aplicativo. Ela tem três filhos e uma neta, e se comunica com o dia todo com eles pelo WhatsApp.
- Recebo foto da minha neta o dia todo, e é assim que eu sei que ela está bem. Estou aflita para que sábado chegue logo e esse bate-papo volte a funcionar - afirmou ela, que, logo cedo, quando chegou ao trabalho, perguntou à patroa porque o aplicativo não estava funcionando.
- Escutei no trem que o problema era da operadora. Como sempre, temos problema com a operadora, acreditei. Mas minha patroa me explicou que era problema de Justiça, não de serviço.
Nesta quarta-feira, as operadoras de telefonia móvel receberam o ofício da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, em São Paulo, avisando que o palicativo seria bloqueado para uso por 48 horas.
Segundo a Vara Criminal, a decisão foi proferida em um procedimento criminal, que corre em segredo de Justiça. “Isso porque o WhatsApp não atendeu a uma determinação judicial de 23 de julho de 2015. Em 7 de agosto de 2015, a empresa foi novamente notificada, sendo fixada multa em caso de não cumprimento. Como, ainda assim, a empresa não atendeu à determinação judicial, o Ministério Público requereu o bloqueio dos serviços pelo prazo de 48 horas, com base na lei do Marco Civil da internet, o que foi deferido pela juíza Sandra Regina Nostre Marques”, disse o Tribunal, em nota à imprensa.