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"Orçamento secreto" Bolsonaro teria destinado R$ 3 bi para conseguir apoio do congresso, diz jornal

Depois de declarar que em seu governo não há corrupção, Bolsonaro destina R$ 3 bilhões para Centrão. O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro adota o medida de distribuição direta das emendas.

Segundo o site Estadão, no final de 2020, durante as eleições da Câmara e Senado, Bolsonaro liberou R$ 3 bilhões em emendas parlamentares. Conforme as apurações realizadas pelo jornalista, Breno Pires, os investimentos foram feitos para conseguir apoio.

Com valores exacerbados, candidatos governistas receberam dinheiro para compra de tratores e equipamentos agrícolas, chegando a 259% caro que valores fixados pelo Governo.

Ao todo foram 101 ofícios, o jornalista mostra as notas dos gastos feitos pelos deputados e senadores. Roberto Marinho, responsável pelo Ministério de Desenvolvimento Regional, é quem recebe os comprovantes de como o dinheiro foi gasto.

De acordo com o Estadão, os valores foram distribuídos conforme os apoios eram firmados, por isso não há uma igualdade no valor entregue aos beneficiários.

Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu R$277 milhões. O senador tem direito a apenas R$ 8 milhões, seguindo a emenda parlamentar. Cerca de R$ 81 milhões foram destinados a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Quem também solicitou R$ 5 milhões em favor da Codevasf, foi Flávia Arruda (PL-DF) atual ministra-chefe da Secretaria de Governo. O deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), recebeu um trator do governo no valor de R$ 359 mil. O que passa do valor estipulado pela União de R$ 100 mil, Lúcio conseguiu R$ 8 milhões em emendas.

Outros dois deputados do partido Solidariedade, receberam para a compra de máquinas agrícolas, Ottaci Nascimento (RR) e Bosco Saraiva (AM). Cerca de R$ 4 milhões for direcionados para Padre Bernardo, em Goiás, o que seria fora do reduto eleitoral dos políticos. Os gastos seriam de R$ 2,8 milhões, caso estivesse de acordo com o valor fixado pelo governo.

Na proposta de comprar duas pás carregadeiras, uma escavadeira e um caminhão leve para tanque de leite, Vicentino Junior (PL-TO) solicitou R$ 600,2 mil.

Além de todos esses gastos, o Estadão revela que Alcolumbre destinou R$ 10 milhões para obras fora do seu estado. Destes, dois tratores comprados com dinheiro público é um maquinário comprado acima do valor estipulado pelo governo, de R$ 200 por R$ 500 mil.

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