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Ex-ministro da Fazenda critica Bolsonaro: ICMS não gera aumento nos combustíveis

Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles também entrou no debate sobre o valor da gasolina para desmentir a fake news de que os aumentos derivam dos impostos estaduais.

A gestão Bolsonaro acumulou um recorde de aumentos em um ano. Somente em 2021, o preço da gasolina já teve um aumento de 51% em todo o país. Para enfrentar o efeito negativo deste desempenho, o próprio presidente e militantes do bolsonarismo divulgam informações falsas ou parciais nas redes, tentando creditar ao ICMS ( um dos impostos que compõem o valor final do combustível) a culpa.

Meirelles afirma que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não é o culpado dos aumentos consecutivos que ocorrem no país e reitera que o gatilho é a Petrobras, estatal sob comando do Governo Federal.

Em entrevista para a Rádio Bandeirantes, ele disse que o combustível tem sofrido forte impacto, isto sim, da política de preços adotada pela Petrobras.

Em tese, a empresa que possui o monopólio da definição dos valores nas refinarias no país é a responsável pelos anúncios de majoração. “Tenho visto com frequência o discurso de que o ICMS é o responsável pela alta dos preços de combustíveis no país. Isso é uma mera tentativa de desviar o assunto, jogando para os estados a responsabilidade sobre uma decisão que é da Petrobras”, disse.

“Quando o preço da gasolina aumenta, não foi a alíquota do ICMS que subiu. O percentual continua o mesmo. A variação do preço do combustível na bomba é, repito, decisão da Petrobrás, que detém o monopólio de preços no Brasil”, assevera o especialista. Meirelles diz que o Governo Federal resolveria o problema se criasse  um fundo de amortização que impediria a variação.

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