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Por três sábados seguidos não tem pamonha na tradicional Feira do Produtor que funciona aos sábados em frente ao Parque Agropecuário de Goiânia. Motivo: o alto preço para a produção do milho, principal produto na confecção de um dos pratos mais tradicionais da culinária goiana. O poeta Luiz Fafau, que assim como eu, frequenta a Feira do Produtor há muitos anos, está indignado com a situação e vem movimentando as redes sociais com bom humor denunciando a falta da iguaria nas feiras de Goiânia. “Sem pamonha fica difícil de viver'', brinca ele.
Pequenos produtores como a dona Eli da fazenda Bom Retiro em Leopoldo de Bulhões, afirmam que pararam de produzir milho devido ao alto custo dos adubos e das sementes. “É prejuízo na certa ao pequeno produtor produzir milho hoje. Só compensa produzir em grande escala, para exportar”, diz ela. “Adubo, semente e energia elétrica cara, e a falta de chuvas está paralisando a produção de milho. Em 20 anos que tô aqui é a primeira vez que isto acontecesse”, afirma dona Cleonice que no último sábado não levou milho para vender na feira.
Alguns comerciantes da capital alegam que estão enfrentando dificuldades para comprar o milho que tá cada vez mais caro. “Há um tempo atrás, com R$ 3 reais a gente compra 5 espigas de milho, Na feira da Vila Nova onde tenho um banca de biscoito frito, a espiga de milho tava custando 3 reais no domingo da semana passada”, comenta indignado.
Outra situação que está ocorrendo é o aumento do preço da pamonha que subiu dos 6 para até 10 reais nos últimos meses. "Faltou pamonha três dias no meu comércio. Na verdade fechamos às 18h30 em vez das 21, pela falta de milho. Aumentamos o preço também: de 8 para R$ 10", diz Luís Almeida Filho, proprietário de uma pamonharia na Vila Santa Helena.
A pamonha vendida no Palácio Pedro Ludovico aumentou também, passando de R$ 6 para oito reais.” A moda agora, para diminuir os custos, é dividir a pamonha ao meio, quando esta é encontrada né”, dizem alguns nas redes sociais.
