Compacto Renault Kwid é lançado como SUV e tem preço de pré-venda mantido
Redação DM
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 16:38 | Atualizado há 5 meses
Norton Luiz
Editor de Veículos
A Renault apresentou em grande estilo seu novo compacto Kwid, promovendo um evento á altura da expectativa em torno do lançamento do novo compacto. O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, foi o cenário da festa realizada ao som de Gilberto Gil e de uma comportada Anita, vestida em trajes menos ousados. O Kwid já se encontra na rede de concessionários nas versões Life, Zen e Intense, com preços, respectivamente, de R$ 29.990, R$ 35.390 e 39.990.
Contrariando informações veiculadas de que os preços seriam reajustados em relação aos anunciados para a pré-vendas, a Renault assegurou os valores para as vendas presenciais nas revendas, assegurando, assim, a competitividade nos valores anunciados inicialmente. Desta forma, o Kwid, aguardado com muita expectativa, mantém-se como o veículo de entrada mais barato vendido no Brasil. Nem por isso pode ser apontado como carro sem muitos atrativos e com acabamento correspondente ao seu valor. Muito pelo contrário. O Kwid surpreende em tudo.
Equipado com motor 1.0 de três cilindros nas três versões de acabamento, o Renault Kwid nasce sob a nova plataforma CMFA, que vai dar origem a outros cinco modelos de marca, compartilhando com uma nova família de motores e outra de câmbio. O modelo foi desenvolvido sob um conceito inovador e tem tudo para ser um sucesso de vendas no mercado em função dos seus predicados. A Renault não fala em estimativas de vendas, mas garante que as linhas de produção da marca estão prontas para atender a demanda, mesmo que seja bastante elevada.
O propulsor 1.0 que o Kwid traz sob o capô é o mesmo três cilindros usado pelo Sandero e o Logan. A diferença é que a potência foi reduzida e o comando de válvulas deixou de ser variável. Esse motor desenvolve potência de 66ncv com gasolina e 70 cv com etanol, com torque máximo de 9,8 kgfm. O uso de corrente substitui a correia dentada. Apesar da inovação, mantém o tanquinho de partida a frio, item já em desuso no mercado. O motor do Kwid tem consumo em uso misto de 15,2kmL com gasolina e 10,5 kmL com etanol, o que o torna bastante econômico.
Afinal, o Kwid é um hatch ou um SUV ? A Renault anuncia seu novo modelo compacto como um utilitário esportivo. Justifica dizendo que o Kwid tem características próprias de um SUV, como o ângulo de entrada e de saída altos, com 24 e 40 graus, respectivamente, além da suspensão elevada, com 18 cm de altura do solo. A Renault, que define o Kwid como o SUV dos compactos, enumera também a posição mais elevada de dirigir e se assegura nas normas do classificação do Inmetro que indicam o compacto como SUV.
Para muitos, porém, o Kwid é um hatch e essa parece ser a corrente mais lógica, embora o perfil de SUV não deva ser desconsiderado porque é real nos detalhes que indicam veículos dese segmento. Uma coisa é certa: O compacto tem é bom e bonito o suficiente para se sobressair no mercado, seja como hatch ou como SUV. O Renault Kwid foi visto pela primeira vez como carro-conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014. No último Salão da Argentina, em junho, surgiu já como modelo definitivo.
O Kwid surpreende pelo design inovador e pelo acabamento interno, mesmo que o abuso de plástico duro nas portas e painel predomine. Nos demais detalhes, o acabamento compensa pelo trabalho e qualidade das peças. O modelo traz de série quatro airbags, sendo dois na frente e dois nas laterais, e dois pontos de Isofix, destinado para fixação de cadeirinhas para crianças. O porta-malas de 290 litros é mais um positivo no Kwid.
A versão de entrada Life oferece rodas de aço de 14 polegadas, quatro airbags, dois pontos de fixação de cadeiras infantis, predisposição para rádio e indicadores de troca de marcha e de condução. A versão Zen traz direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, rádio com Bluetooth e entradas USB e AUX. A Intense, por sua vez, tem todos os itens das versões Life e Zen e ainda retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, Media NAV 2.0 com câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas Flexwheel (calotas) e chave dobrável.
No trânsito tumultuado de São Paulo, durante o teste com a versão Intense, o Kwid respondeu bem ás acelerações. Nas aceleradas mais fortes, o motor dá uns “gritinhos”, mas faz bem o seu papel. O Kwuid é esperto e deixa claro sua vocação urbana e disposição para enfrentar as trepidações e buracos das vias urbanas. A altura do solo, posição alta de dirigir e a boa calibragem da suspensão ajudam no conforto. O câmbio manual de cinco marchas, com relações mais curtas, que contribui para tira o que o motor tem de força .
Nesse primeiro momento, as três versões do Kwid, que começa a ser entregue em setembro, serão comercializadas sem opcionais a oferta de opcionais. Por fim, o Kwid fabricado na Índia não passou nos testes de segurança, na análise de impacto lateral. O brasileiro, contudo, garantem os executivos da marca, é um veículo totalmente seguro em função do seu novo projeto, estando pronto para ser submetido à avaliação da LatinNCAP.