Economia

Fraude financeira vira pesadelo para consumidor

Redação DM

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 14:11 | Atualizado há 4 anos

Hoje em dia, todo cuidado é pouco na vida dos consumidores. Os golpes se multiplicam e na maioria das vezes a pessoa fica vulnerável. Constatar que foi vítima de uma fraude financeira é o pesadelo de todo consumidor, mas que pode ter solução. Em alguns casos, a pessoa lesada consegue reaver o dinheiro com um simples acordo com a empresa, mas muitas vezes essa solução não é tão simples e necessita da intervenção de autoridades e órgãos de defesa do consumidor ou da contratação de empresas especializadas .

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil, em parceria com o Sebrae, um em cada cinco internautas lesados por fraudes nos últimos 12 meses relata que precisou contratar os serviços de profissionais ou empresas para a resolução da fraude (19%), ante 81% que não contrataram. Para 11% dos entrevistados, a contratação surtiu efeito, resolvendo o problema. Outros 5% relatam que ainda estão tentando resolver, enquanto 3% não resolveram a situação nem com o suporte profissional.

Os prejuízos acarretados vão além dos valores relacionados à fraude em si. De acordo com os entrevistados, o valor médio pago para solucionar a fraude foi de R$ 895,90, sendo que 27% dos que recorreram a esses serviços arcaram com valores acima de R$ 800. Segundo a pesquisa, 49% relataram que o pagamento ocorreu após a comprovação de que a fraude foi resolvida, sendo que 25% pagaram um percentual sobre o valor da fraude e 24% pagaram um valor fixo. Além disso, 27% mencionaram o pagamento antecipado, sendo que 14% pagaram um valor fixo e 13% um percentual sobre o valor da fraude.

Ajuda Profissional
O principal motivo que levou esses consumidores a buscarem ajuda profissional foi que não sabiam como resolver, mencionado por 39%. Além disso, 21% disseram que queriam evitar constrangimentos e 19% quiseram evitar desentendimentos. A falta de tempo foi mencionada por 16% dos que recorreram ao apoio de profissionais.

“Diante de uma situação de difícil solução, o consumidor tem sempre a opção de recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e a tribunais de pequenas causas, fazendo valer o seu direito. A contratação de empresas especializadas pode ser uma opção para casos que envolvam quantias elevadas, dado o custo médio dos serviços. Em todo caso, o melhor é adotar medidas preventivas para não ter de lidar com as consequências de uma fraude. Evitar a exposição de dados, consultar a reputação de lojas online, checar a veracidade de boletos e tomar cuidado com senhas e documentos pessoais são algumas medidas que podem evitar dores de cabeça, gasto de tempo e até de dinheiro”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Para a grande maioria, a contratação desse serviço não foi a primeira opção: 73% relataram que tentaram resolver o problema, antes de buscar apoio. E ainda sob o impacto da fraude original, 52% temeram sofrer outro tipo de golpe pela empresa contratada.

Já entre aqueles que não buscaram ajuda profissional para solucionar a fraude, 31% alegaram que conseguiram resolver o problema sozinhos, 16% nem sabiam da existência dessas empresas e 15% relataram que o caso foi resolvido pela empresa envolvida na situação. Outros motivos mencionados foram a descrença de que a contratação de empresas solucionaria o caso (15%) e a falta de dinheiro para pagar pelo serviço (14%).

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