Economia

Governo Lula reage ao tarifaço dos EUA com plano emergencial para proteger exportações brasileiras

Redação Online

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 08:50 | Atualizado há 11 horas

Com a entrada em vigor da nova sobretaxa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o governo federal deu início a uma operação de resposta articulada para reduzir os impactos econômicos imediatos e preservar a competitividade das exportações nacionais. O chamado tarifaço americano, que começou a valer no dia 6 de agosto de 2025, impõe um aumento de 50% nas tarifas incidentes sobre itens como café, carne bovina, frutas e madeira.

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu, na véspera da vigência da medida, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Rui Costa (Casa Civil) e o vice-presidente Geraldo Alckmin para finalizar os detalhes do plano de contingência. A estratégia inclui ações emergenciais de suporte ao setor produtivo e deve ser formalizada por meio de uma medida provisória, com previsão de publicação ainda nesta semana.

Entre os segmentos mais afetados estão o agronegócio e a indústria de base florestal. Representantes de cadeias produtivas como café, fruticultura, madeira e carne bovina já se reuniram com integrantes do governo para sugerir medidas compensatórias, incluindo linhas de crédito emergenciais, subsídios logísticos e incentivos fiscais. Segundo o Ministério da Fazenda, as medidas já estão prontas e vêm sendo ajustadas conforme a exclusão de alguns produtos da lista tarifária, como minérios e combustíveis.

O ministro Fernando Haddad declarou que o Brasil se prepara para diferentes cenários e mantém diálogo técnico contínuo com os Estados Unidos. Apesar da taxação já estar em vigor, o governo brasileiro mantém a disposição para negociar com a Casa Branca e tenta evitar uma escalada comercial. “Estamos atentos e preparados. Nosso compromisso é proteger a indústria, os produtores e os empregos brasileiros”, afirmou o ministro.

No campo internacional, o Itamaraty já está estruturando uma ação formal contra a medida americana na Organização Mundial do Comércio (OMC), com previsão de protocolo para o dia 18 de agosto. Lula reforçou que o Brasil utilizará todos os instrumentos disponíveis para contestar o tarifaço, classificado por autoridades brasileiras como “hostil” e “injustificado”.

Apesar da contundente resposta nacional e internacional, o governo Lula mantém canais abertos com os Estados Unidos para tentar reverter a taxação ou ao menos mitigar seus efeitos. Enquanto isso, medidas internas buscam garantir a resiliência econômica dos setores impactados e preservar a imagem do Brasil como parceiro comercial confiável no cenário global.


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